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:: Resenha 520 :: "Punk 57", Penelope Douglas


Sinopse: Autora best-seller do New York Times, Penelope Douglas, apresenta seu mais recente romance “New Adult” ...
“Nós éramos perfeitos juntos. Até nos conhecermos.
Misha
Não posso deixar de sorrir com a letra da música em sua carta. Ela sente a minha falta.
Na quinta série, minha professora organizou duplas com colegas de uma escola diferente. Pensando que eu era uma menina – por causa do meu nome – a outra professora me juntou com a sua aluna, Ryen. Minha professora – acreditando que Ryen era um garoto – concordou.
Não demorou muito para descobrirmos o erro. E, em pouco tempo, estávamos discutindo sobre tudo. A melhor pizza para viagem. Android vs. iPhone. Se Eminem é ou não o melhor rapper de todos os tempos...
E foi assim que começou. Nos sete anos seguintes, éramos só nós.
Suas cartas são sempre escritas em papel preto com caneta prateada. Às vezes, recebo uma por semana ou três em um dia, mas eu preciso delas. Ela é a única que me mantém nos eixos, me acalma e aceita quem eu sou por inteiro.
Nós só tínhamos três regras: nada de redes sociais, sem números de telefone e nenhuma fotografia. Nós tínhamos um lance bacana. Por que arruinar isso?
Até eu deparar com uma foto de uma garota, online. Com o nome de Ryen, que ama a pizza do “Gallo” e idolatra seu iPhone. Quais eram as chances?
Que se f*da. Preciso encontrá-la.
Só não imaginava que odiaria o que descobri.
Ryen
Ele não escreve há três meses. Algo não está certo. Ele morreu? Foi preso? Conhecendo Misha, nem um dos dois seria um exagero.
Sem ele por perto, estou ficando maluca. Preciso saber que alguém está me ouvindo. A culpa é minha. Devia ter pedido seu número de telefone, foto ou algo assim.
Ele podia ter sumido para sempre.
Ou poderia estar bem debaixo do meu nariz, e eu nem sequer desconfiava.

Eu te desafio a ler esse livro e não cantar Love The Way You Lie, do Eminen pelo menos umas duas ou três vezes!
Ryen e Misha são amigos por correspondência há 7 anos. Tudo começou quando eles estavam no primário e suas respectivas professoras organizaram as turmas das duas escolas em pares para se corresponderem. Como o nome Ryen (feminino) pode ser confundido com Ryan (masculino) e o nome Misha com feminino, as professoras se enrolaram e o par acabou sendo formado. Acontece que os dois logo se identificaram por terem famílias complicadas, a mãe do Misha sumiu quando ele tinha 2 anos e o pai de Ryen abandonou a família quando ela tinha 4, criando uma ligação entre eles que só se fortalece com o tempo. É para Ryen que o Misha fala de suas músicas, e com o Misha que a Ryan desabafa sobre os seus problemas com a mãe e a irmã mais velha. E assim, mesmo morando tão perto e com as redes sociais, os dois combinam de nunca se buscarem ou se encontrarem, para não estragar esse relacionamento utópico entre eles.

"Quando ela remove a maquiagem, tira a fachada de valente do resto do dia a dia, os demônios que mantém enterrados começam a brincar com ela quando não há mais ninguém para mexer?
Acho que não. Os narcisistas não têm insegurança, não é?"

Até que em uma festa de caça ao tesouro promovida por sua banda, Misha, sem querer, acaba esbarrando na Ryen sem que a menina o reconheça, e percebe que a visão que ele tinha dela não era exatamente o que estava ali na sua frente. A menina que ele imaginou ser uma descolada nerd era na verdade, uma líder de torcida daquelas bem vazias e muito atraente. Mas nessa mesma noite algo muito grave acontece com a irmã do Misha e é aqui que a história dá um pulo de 2 meses.

"Não sei o que fiz, mas alguma coisa foi feita, porque quando se descobre que todo mundo odeia você, não é culpa deles. É sua."

Nesse tempo todo, Ryen não recebeu mais nenhuma carta do Misha e já está começando a ficar preocupada com a sua ausência, mas como ninguém, além da sua família, sabe sobre essa relação entre ela e o Misha, Ryen não tem com quem desabafar. Aliás, era com o Misha que a Ryen se permitia ser verdadeira. Na escola ela era uma líder de torcida, fazia parte da galera popular e até mesmo praticava bullying. Paralelo a isso, começam a aparecer pichações nas paredes da escola destinadas aos alunos, ora com uma mensagem mais dura, ora com alguma gracinha, e todas assinadas por um tal de Punk que ninguém sabe quem é. Até que um aluno novo, tatuado, com cara de mau e misterioso, aparece na sala de aula da Ryen sem mochila ou caderno e todo mundo já aponta que Masen é o culpado… Será? Mas é óbvio que eu não vou te contar isso aqui, cabe a você ler para descobrir!

Dou brilho no meu verniz, mas nem que você morra tentando, brilhará.
Punk

E, correndo o risco de ser repetitiva, esse livro é um daqueles que merecem ser lidos. É no personagem da Ryen que a história se destaca das outras, porque em Punk 57 a Penelope Douglas não nos entrega a típica mocinha inocente, perseguida e atormentada pelos outros, é bem o contrário. A Ryen é uma personagem detestável no começo, falsa, manipuladora, maltrata alunos e responde professores, e tem um arco de redenção fortíssimo que foi o ponto alto do livro. E claro, isso é mérito da autora por trazer a vida essa história tão complexa. A Ryen é má? Não, ela é humana, é uma menina de 18 anos que faz o que faz porque quer ser parte de um grupo, que quer ser aceita e para ela essa aceitação vem ao ser parte do grupinho popular, e mesmo que para ser parte deles ela tenha que ser uma versão ruim de si mesma, tenha que olhar para o lado quando o bullying se torna mais pesado. Ela faz por medo.

"Somos todos feios, Ryen. A única diferença é que alguns escondem a feiura e alguns a usam."

Vou destacar aqui mais uma vez que a personagem tem 18 anos, e como já falei em várias resenhas para vocês, eu não julgo um personagem de 18 anos com a minha cabeça de 32. Além disso, algo que a autora fala no final do livro e acho muito válido destacar é que, nós, quanto leitores, temos a tendência de idealizar os personagens, principalmente as mocinhas, por isso que heroínas inocentes e vítimas são tão comuns, pois é fácil se relacionar com elas. Quando a Pen Douglas faz uma heroína que a gente inicialmente odeia, que é falha, é um ato de coragem porque ela sabia que muitos poderiam torcer o nariz para a história. Palmas para a autora, que fez um livro envolvente, real, apaixonante, que te leva para dar uma volta em uma montanha-russa emocional daquelas bem intensas e cheias de voltas. Se o livro tem algum defeito é que ele acaba e a gente fica com um gostinho de quero mais!

Nome: Punk 57
Autora: Penelope Douglas
ISBN-13: 9788552923954
ISBN-10: 8552923955
Ano: 2019
Páginas: 324
Compre aqui: The Gift Box
Classificação: 


Sobre a autora: 

Penelope Douglas, autora bestseller do New York Time, USA Today e do Wall Street Journal chega este mês na The Gift Box Editora. A autora já teve seus livros traduzidos para mais de quatorze idiomas. Penelope que mora em Las Vegas. Nascida em Dubuque, Iowa, ela é a mais velha de cinco filhos. Penelope frequentou a Universidade de Northern Iowa, e se formou como Bacharel em Administração Pública, porque seu pai disse: “apenas se forme e tire um maldito diploma!”. Ela então fez mestrado em Educação Científica na Universidade de Loyola em New Orleans, porque ODIAVA Administração Pública. Uma noite, ela disse ao segurança do bar onde trabalhava que o filho dele era gostoso, e três anos depois ela se casou. Com o filho, não com o segurança. Eles procriaram, mas apenas uma vez. Uma filha chamada Aydan. Penelope adora doces, “The 100”, e faz compras na Target quase que diariamente.

Comentários

  1. Eu tô super puta de curiosidade. Pq a mãe dele os deixou e ainda deu o relógio para o T*e*?????

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