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:: Resenha 500 :: "Libertados – The Outskirts", T.M. Frazier


Sinopse: Sawyer quer ter a própria vida.
Finn quer esquecer que um dia teve uma.
Depois de uma tragédia, Finn Hollis foge para o pântano para ficar sozinho. Até que Sawyer Dixon aparece, cheia de inocência para lá de quente, alegando ser a dona das terras a menos de quinze metros da porta de sua casa.
Sawyer o incomoda profundamente, mas sabe o que é pior ainda? Ela o faz desejar coisas. Coisas nas quais Finn não pensava há muito, muito tempo. 
Finn quer Sawyer longe dali quase tanto quanto a quer em sua cama.
O pântano esta prestes a ficar muito, muito MAIS QUENTE.

Sabe aqueles livros que você começa a ler, está ainda nas primeiras páginas e quando percebe, já passou da metade? Bom, vamos trocar páginas por porcentagem, já que a minha versão é do Kindle e vocês vão ter uma noção do que aconteceu comigo ao ler Libertados. Eu comecei a ler na quarta a noite e já fui sentindo aquela história me deixando intrigada, curiosa querendo saber mais sobre a Sawyer e o Finn, mas a vida adulta é um saco e a gente tem que trabalhar. Tentei ler no meu intervalo, mas um professor estava falando mais do que um papagaio e não consegui, foi nesse instante que eu pensei: ferrou, estou dominada por essa história! E isso eu ainda estava bem no começo, e quando vi, já estava com uma porcentagem alta (eu esqueci até mesmo de levar um material para o trabalho no dia seguinte #segredo) e a razão é muito simples: Libertados é muito, muito, muito, muito bom! Chega mais que vou te contar um pouco mais sobre esse livro e sim, ele é um favorito!

Libertados já abre com um prólogo matador do Finn, o nosso protagonista, falando sobre o som do seu coração sendo partido. Logo em seguida vamos conhecer Sawyer, que está no funeral da sua mãe, e algumas coisas bem pesadas ficam muito claras logo nos primeiros capítulos narrados por ela. Sua família faz parte de uma congregação religiosa extremista que coloca as mulheres como inferiores aos homens, tanto ela quanto sua mãe, sofrem constantemente abusos físicos e psicológicos do pai de Sawyer, e a mãe dela não morreu em um acidente, e sim tirou a própria vida. Com isso, Sawyer está sozinha para aguentar a fúria do pai. 

"Se eu continuasse a viver do jeito que eu estava. Do mesmo jeito que a minha mãe vivera. Subserviente. Submissa. Abusada. Agredida. Então aquele mesmo sermão, com aquelas mesmas palavras genéricas e com aquelas mesmas mentiras a respeito de uma vida que ela nunca vivera, seria repetido em outro funeral algum dia. No meu."

Quando Sawyer, depois de ser agredida pelo pai mais uma vez, encontra uma caixa escondida no seu quarto com uma carta de despedida da mãe, a chave para um carro velho com um trailer mais velho ainda e direções para chegar em Outskirts, na Flórida, onde ela seria a dona de um pedaço de terra, ela não pensa duas vezes antes de… roubar o dinheiro da igreja e meter o pé! É no meio do caminho, quando o carro já não aguentava mais a longa viagem, que ela é quase atropelada por Finn, e não tem nada de amor a primeira vista. 

"Eu estava em uma cidadezinha estranha, no que parecia ser o meio de um brejo, a milhares de quilômetros da vida que eu conhecia.
Estava sozinha.
Apavorada.
E incrivelmente livre."

Finn está quebrado, ele vive isolado no pântano em uma casa praticamente vazia de móveis, mas cheia de bebida. Não quer contato com ninguém, nem mesmo com seus amigos de infância e quer apenas passar os seus dias bêbado no melhor estilo ermitão esquisito dos pântanos, até que a garota que ele quase atropelou estaciona o seu trailer caindo aos pedaços na terra bem em frente a sua casa. E apesar dele tentar fazer ela ir embora, ser grosseiro e até mesmo bem abusado, Sawyer deixa bem claro que está em suas terras e não vai sair.

"Ele era diferente de todas as pessoas que eu tinha conhecido na vida . Homens ou mulheres. Aquele homem bravo e grosseiro era de longe a pessoa mais bonita que eu já tinha visto."

Aos poucos os dois vão convivendo e Sawyer acaba fazendo com que o Finn volte a sentir coisas e aí ele vai mostrando a vida pra ela, já que ela não conhecia nada da vida, por conta da criação que ela teve, sendo até mesmo proibida de frequentar a escola. Esse lado dele a conquista, enquanto isso a inocência dela o encanta, logo uma atração física intensa entre os dois surge e vocês podem imaginar o que vai rolar, mas o barato aqui é acompanhar a história deles nascendo no meio da escuridão que é o passado dos dois.

"Sawyer continuava ali fazendo tudo que estava ao seu alcance para ter uma vida. Em uma cidade estranha. Com pessoas estranhas. Completamente sozinha. Eu, por outro lado, estava ali. Fazendo de tudo para jogar a minha vida fora e para esquecer que eu tinha tido uma."

Pesado? Muito, mas é aqui que entra a marca registrada da T.M. Frazier. Seus romances nunca são água com açúcar, seus mocinhos não são homens bonzinhos e suas heroínas são fortes, independentes e com muita luta correndo nas veias. É uma trama simples, e apesar do que aconteceu com os personagens, a história não é mórbida ou deprimente, muito disso se deve a inocência e a força da Sawyer, ao Finn e seu heroísmo relutante e ainda temos momentos de humor com o Miller e a Josh! É um livro envolvente, apaixonante e um pouco menos dark do que outros livros da T. M que não chegaram no Brasil por meios oficiais, mas deveriam, e ainda assim, trata de temas que são muito relevantes nos dias de hoje. 

"Você me faz querer coisas , Say. Desejar coisas . Coisas nas quais há muito tempo eu não pensava."

Durante a leitura senti uma leve inspiração com a Bela e a Fera, e depois isso é até mesmo citado no livro e eu me apaixonei ainda mais pela história. Não é uma inspiração direta ou uma releitura, não tem rosas, castelos ou maldições com deformidades, só aquela sensação do cara quebrado e isolado sendo resgatado pela inocência e a curiosidade da menina. E mesmo sendo uma pessoa assumidamente que aguenta esperar para ler as sequências, aqui não tive paciência e já estou no segundo!

"Valia a pena ir para o inferno por Sawyer Dixon."

Antes de ir embora, esse é a nossa resenha de número 500 e temos uma coisa por números redondos e esse aqui não é um número qualquer. Chegar a essa marca é muito especial para gente porque ele é a indicação de que fizemos um bom trabalho e ainda amamos fazer isso. Ainda temos o mesmo amor ao resenhar um livro, mesmo tendo feito isso 500 vezes! Eu não quero fazer textão, até porque imagino que a Bia vá querer falar algo também, então vamos falar de coisa boa: sorteio! Corre no nosso Instagram que está rolando um mega sorteio especial e só digo uma coisa: o que vamos sortear é único, exclusivo e eu estou quase usando o perfil do meu irmão para concorrer!

Nome: Libertados – The Outskirts
Série: The Outskirts Duet #1
Autora: T.M. Frazier
ISBN-13: 9788552923343
ISBN-10: 8552923343
Ano: 2018
Páginas: 271
Editora: The Gift Box
Compre aqui: Amazon
Classificação: 

Sobre a autora: 

T.M. (Tracey Marie) Frazier jamais sonhou que alguém leria uma única palavra do que ela escreveu quando publicou seu primeiro livro. Agora, ela é cinco vezes best-seller do USA Today e seus livros foram traduzidos para inúmeras línguas e publicados ao redor do mundo. T.M. gosta de escrever o que ela chama de “romances do lado errado dos trilhos” com anti-heróis moralmente corruptos e heroínas corajosas. Seus livros são descritos como puros e sombrios. Basicamente, isso significa que, enquanto alguns autores são bons descrevendo uma flor enquanto floresce, TM é melhor em descrevê-la nos estágios finais antes de murchar. Ela ama conhecer seus leitores, mas se você a encontrar em um evento, por favor, não a belisque, porque ela não está pronta para acordar deste sonho incrível.

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