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:: Resenha 479 :: "Ligeiramente Maliciosos", Mary Balogh


Sinopse: Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima.
Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor.
Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith.
Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora?
Neste segundo livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos conquista com mais um capítulo dessa família que, em meio ao deslumbramento da alta sociedade, busca sempre o amor verdadeiro.


No final de fevereiro eu fiz uma pequena votação no Facebook do Viciados em Leitura onde os nossos seguidores votaram usando uma reação na minha próxima leitura entre as cinco opções que dei. O escolhido foi Ligeiramente Maliciosos, da Mary Balogh, romance de época a muito perdido na minha estante e como avisei lá na votação, o livro mais votado seria o alvo da minha próxima resenha. Então vem comigo que hoje, o livro que vocês escolheram é a nossa resenha do dia. Ah! Se você ainda não segue a gente lá no Facebook, corre e deixa ao seu like na nossa página, além das nossas resenhas, você vai ficar por dentro de muita novidade do meio literário assim como no nosso Instagran que conta com fotos belíssimas feitas pela Bia. Segue a gente que somos bem legais ;)

No segundo livro da série Os Bedwyn, vamos conhecer Judith Law, uma jovem que já passou da idade de casar e com a família enfrentando sérios problemas financeiros graças a irresponsabilidade do seu irmão não vê isso acontecendo tão cedo, alias, seu destino parece traçado após a família receber uma carta de uma tia rica convidando Judith para morar em sua casa, em troca de ser a acompanhante da avó da jovem. Judith sabe exatamente o que aquilo significa: o seu destino será o de ser uma empregada de luxo para parentes ricos.

Na verdade, era um alívio saber que era um casamento com amor. Os Bedwyns tinham a reputação de serem indomáveis, arrogantes e até mesmo frios. Mas também havia a tradição de se manterem fiéis aos cônjuges depois que enfim se casavam.

Por isso, quando a sua diligência sofre um acidente e a jovem e sonhadora Judith se vê sendo socorrida por um jovem, alto, forte cavaleiro ela acaba embarcando em uma aventura, ou como ela prefere dizer, viver um sonho para ter alguma lembrança para preservar durante os dias mais duros que terá pela frente. Fazendo-se passar por Claire Campbel, uma experiente atriz, a jovem passa poucos, mas intensos e apaixonados dias com Ralf Bedard e Judith se sente livre para ser quem ela sempre sonhou ser, só que ela sabe que uma hora ela terá que acordar e viver a vida real.

Judith sentira apenas um alívio temporário quando o varapau começou a tomar a forma de uma mulher. Pois, para piorar as coisas, aquela forma passou a ter seios muito cheios e quadris largos. Ela sempre foi um constrangimento para a família e, pior do que isso, para si mesma. O pai sempre a instruía a se vestir de maneira mais modesta, a cobrir os cabelos, e sempre a culpara pelos olhares lascivos que os homens costumavam lhe dirigir.
Ranulf Bedwyn está a caminho da casa da avó materna, da qual é o herdeiro. Sendo o terceiro filho de um duque, e por isso, apenas o segundo na linha de sucessão, Ralf, como é chamado sabe que é um partido muito desejado pelas jovens que sonham casar, mas ele sempre fez questão de fugir desse destino. Até que a avó, por quem tem muita estima, revela que sua saúde está debilitada e que o sonho dela é ver o note finalmente deixar os dias de conquistador para trás e se estabelecer com uma esposa e quem sabe, filhos. Ele até aceita cortejar uma jovem dama, neta de uma grande amiga da sua avó, o que ele não esperava era descobrir que essa jovem é prima da Claire Campbell, ou melhor dizendo de Judith Law.

Se um buraco fosse gentil o bastante para se abrir sob os pés de Judith, ela teria pulado nele com prazer.

Acrescente muitos encontros, desencontros a essa mistura, além de uma jovem prima fútil e mimada e uma tia rancorosa que faz de tudo para Judith se sentir a criatura mais feia (e assim não roubar os olhares que ela acredita que devem ser para a filha) e você já tem um livro com muito pano para manga e se ainda não bastasse, o enteado da tia de Judith é um safado de marca maior e não vai aceitar que Judith e seus belos atributos físicos lhe sejam negados.

Judith subitamente ansiou por um pouco de solidão, pois acabara de descobrir que era possível sentir-se a pessoa mais solitária do mundo no meio de uma multidão. 

Confesso que coloquei o livro nas opções sem imaginar que ele venceria, veja bem, o livro é de 2015, nada recente e outros livros mais recentes da autora já ganharam resenha aqui no blog, feitos pela Mari, é o caso de Uma Proposta e Nada Mais  e Um Acordo e Nada Mais. Para completar, Ligeiramente Casados, o primeiro livro dessa série foi resenhado por mim em 2016! Mas o livro estava aqui na minha estante eu já falei com vocês que o meu plano para 2019 é ler todos os livros parados, seja na minha estante, seja no meu kindle e por isso ele entrou na votação.

– Mas antes quero lhe deixar um conselho: se permitir que o orgulho e a vergonha escondam sentimentos mais ternos, vai perder a chance de fazer um casamento que suprirá todas suas necessidades, incluindo as do coração.

O lado bom de ter demorando tanto entre um livro e outro foi realizar a leitura sem nenhuma expectativa, claro que precisei recorrer a minha resenha para relembrar o que aconteceu no primeiro, mas como as histórias são, de certa forma, independentes, o tempo passado não atrapalhou e foi até mesmo prazeroso redescobrir a escrita da Mary Balogh. Falando sobre a escrita, não espere aquelas piadas típicas de romances de época, como a autora trata de assuntos mais sérios, como preconceito social e assédio contra mulheres, não cabe piadas levianas, mas a autora consegue trazer leveza ao texto em determinados momentos. Eu demorei para mergulhar na leitura, mas isso não durou nem 5 capítulos e logo eu me vi virando páginas e esperando ansiosamente para saber o que aconteceria em seguida.

Não era desejo, ternura, afeto ou companheirismo o que sentia por Judith Law, embora tudo isso estivesse incluído naquele sentimento que relutara tanto em denominar.
Ele a amava.

Ligeiramente Maliciosos é um livro de época escrito na medida para aqueles que querem fugir dos enredos fáceis. Ainda temos os bailes, as mocinhas loucas para casar e as mães desesperadas para casar suas filhas, mas a autora coloca outros elementos, deixa a trama mais encorpada e nos momentos finais é quase impossível largar o livro sem descobrir o que vai acontecer. E isso sem deixar aquela curiosidade sobre o que vai ser o livro da Freya Bedwyn em Ligeiramente Escandalosos

Nome: Ligeiramente Maliciosos
Série: Os Bedwyns # 2
Autora: Mary Balogh
ISBN-13: 9788580413939
ISBN-10: 8580413931
Ano: 2015
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Compre aqui: Amazon
Classificação: 

Sobre a autora: 

Mary Balogh nasceu e foi criada no País de Gales. Ainda jovem, se mudou para o Canadá, onde planejava passar dois anos trabalhando como professora. Porém ela se apaixonou, casou e criou raízes definitivas do outro lado do Atlântico.
Sempre sonhou ser escritora e tinha certeza de que, no dia em que escrevesse um livro, ele seria ambientado na Inglaterra do Período da Regência. Quando sua filha mais nova tinha 6 anos, Mary finalmente encontrou tempo para se dedicar ao antigo sonho. Depois de três meses escrevendo na mesa da cozinha, a primeira versão de sua obra de estreia estava pronta. Publicada em 1985, deu a Mary o prêmio da Romantic Times de autora revelação na categoria Período da Regência. Em 1988, depois de vinte anos de magistério, ela passou a se dedicar apenas aos livros.
Hoje Mary Balogh é presença constante na lista de mais vendidos do The New York Times e vencedora de diversos prêmios literários.

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