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:: Resenha 416 :: "Corte de Espinhos e Rosas", Sarah J. Maas


Sinopse: Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance.
Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar um féerico transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. 
Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira que ela só conhecia através de lendas , a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... Ou Tamlin e seu povo estarão condenados.

Para começar, já deixo o meu registro que quando um autor cria o seu universo, um mundo místico e mágico, já leva um pedaço do meu coração com ele. Adoro quando as fantasias me levam para um lugar novo e isso me remete lá no meu passado quando li Senhor dos Anéis com meus 12 anos. Gosto de fantasia, sempre gostei, mas nos últimos anos li muito mais romances que qualquer outro gênero. As únicas exceções eram os livros policiais e as distopias, porém, convenhamos que distopias bebem da fonte da fantasia e quanto mais distopias eu lia, mais o desejo por fantasias queimava. Com esse desejo ardendo, comprei alguns livros bem badalados do gênero, como Corte, Trono de vidro, a série do Eduardo Spohr, GoT e faltava só ler! Faltava, no tempo passado, porque já não falta mais e eu voltei para esse gênero em grande estilo. Corte de Espinhos e Rosas serviu perfeitamente para o meu coração saudoso de mundos místicos e meu lado romântico. Quer saber por quê? Chega mais que eu te conto tudo!

MEU DEUS, POR QUE EU DEMOREI TANTO PARA LER ISSO? Desculpa o grito, mas meu amor, não dá para não surtar com esse livro! Olha, estou sendo sincera aqui, nem sei como vou fazer essa resenha porque eu não sei o que pensar, que não seja “Já posso ler o livro 2?”. Eu rasguei a minha regra de ouro de leitura e vou ler os livros em seguida, e quem me acompanha aqui sabe que eu não recomendo ou gosto de leituras em sequência, mas não dá para evitar! Preciso do próximo e pior, eu sabia que seria assim porque várias meninas lá do grupo do Viciados já surtaram com Corte de Espinhos e Rosas e eu não acreditei que um livro que mistura Bela e a Fera com Game of Thrones, não chamaria o meu nome! Que enganada estava e ainda não sei se o que eu mais gostei foi da fantasia ou do romance!

Há quem diga que não é inteligente insultar um feérico na casa dele

Tudo começa com Feyre, a mais nova de uma família desestruturada e humana. Vivendo na extrema pobreza desde que seu pai perdeu toda a fortuna. Feyre e suas irmãs foram morar com o pai em um chalé velho perto de uma vila que fica muito próxima a muralha que separa os humanos dos féericos e outras criaturas místicas. Uma informação adicional, humanos foram escravos dos féericos por séculos e o Tratado de Paz ainda é bem recente, entretanto, o ódio entre as espécies ainda existe e queima nos dois lados, daí a razão de morar perto da muralha ser ruim, afinal, quem tem grana, escolhe morar mais ao sul das terras humanas e quanto mais ao sul, mais longe das outras criaturas.

Não se mantém poder ao ser amigo de todos. E entre os feéricos, inferiores e Grão-Feéricos, a mão firme é necessária. Somos poderosos demais, entediados demais com a imortalidade para sermos reprimidos por qualquer coisa.

Pois bem, a família da Feyre não suportou a mudança de status social. Seu pai, que teve a perna quebrada decorrente a dívidas, é um prostrado. Suas irmãs mais velhas vivem no mundo da fantasia, esperando a solução cair do céu na forma de um casamento ou Feyre, que prometeu para a sua mãe (antes dessa morrer) que cuidaria das irmãs. E é isso que ela faz, mesmo com todas as dificuldades, Feyre é o braço forte da casa e precisa literalmente caçar para ter o que comer e no meio do inverno essa tarefa não é das mais fáceis. Com fome, frio e muito em suas costas, Feyre vê um cervo depois de muito espreitar na mata e quando já estava planejando o que fazer com a carne dele, um lobo maior do que o normal também aparece.

— Primaveril, Estival, Outonal, Invernal, Crepuscular, Diurna e Noturna — ponderou a criatura, como se eu sequer tivesse respondido. — As sete Cortes de Prythian, cada uma governada por um Grão-Senhor, todas letais de seu próprio jeito. Não são apenas poderosas, são Poder.

Boatos já diziam que lobos extremamente grandes já estavam rondando aquela região e que possivelmente esses lobos eram féericos transmutados, e caso um caçador desse de cara com um animal desses, deveria fugir antes de se transformar em caça. Feyre decide fazer exatamente o oposto e contando com uma única flecha de freixo, matéria que se acredita ser capaz de ferir um féerico, ela abate o lobo e o cervo e consegue, em uma única caçada, carne para alimentar sua esfomeada família e pele par poder conseguir dinheiro. Ela até mesmo se considera com sorte, afinal, se o animal se deixou abater tão fácil, então era apenas um lobo, certo?

— Amo você — sussurrou ele, e beijou minha testa. — Com espinhos e tudo.

E como vocês devem ter lido na sinopse desse livro, Feyre não matou um lobo e sim um féerico e a punição por uma vida é outra vida. Quem lhe diz isso é outra fera, muito maior, raivosa e poderosa que literalmente invade a sua casa exigindo saber quem foi o assassino de seu amigo. A fera dá duas opções para Feyre: morrer ou ir com ele. Temendo que se ele a matar, matará também suas irmãs, Feyre é levada para a Corte da Primavera, território dos féericos. Lá ela se verá envolvida em muito mais do que lutar para alimentar a sua família, e sim em um luta, às vezes nem sempre física, pela sobrevivência.

Levei um bom tempo para perceber que Rhys, soubesse ele ou não, tinha efetivamente evitado que eu desabasse por completo.

É nessa parte da história que entram em cena os féericos Tamlin, Lucian e Rhys. Tamlin é o senhor (ou Grão—Féerico) da Corte da Primavera e foi exatamente ele quem levou Feyre de casa, usando sempre uma máscara dourada devido a uma praga. Ficou logo evidente que Tamlin quer, apesar das circunstâncias, deixar Feyre segura e até mesmo confortável por lá e não demora muito para rolar uma atração entre os dois, mesmo com tanto entre eles. Já Lucian é um dos membros da corte da Tamlin e funciona como um irmão mais velho para Feyre e rende as melhores piadinhas do livro, e Rhys é um grão senhor de outra corte que só estou citando aqui devido a motivos de: ele roubou o meu coração! No meio disso tudo, de viver entre féericos que odeiam humanos, mas estão começando a se afeiçoar a ela, Feyre descobre que existem maus maiores que a fome, o perdigo está mais perto do que ela imagina e aquele mundo tão belo também pode ser mortal. Vou parar de contar a história por aqui ou vou falar muito! Só vou fechar o parágrafo falando: tem que ler!

Tudo o que amo sempre teve a tendência de ser tomado de mim.

A mistura de romance com fantasia foi perfeita, rolou até um momento do tipo "ai seus safadinhos". Sarah não deixa nem mesmo de usar a crueldade em alguns momentos para que a gente perceba o quanto aquele mundo é violento, cruel e perigoso, mas ela também não economiza para descrever a beleza de Prythian e seus membros. Como todo o livro é contado pelo ponto de vista da Feyre, o leitor vai se deslumbrando junto com ela e o começo do livro fica meio lento justamente por isso. Muitos detalhes, descrições, sensações e quando chegamos mais ou menos na metade, quando já estamos achando tudo lindo, começam as porradas e aí vira tiro, porrada e bomba para tudo que é lado! O ritmo fica louco, acontecimentos ficam loucos e a gente fica viciado.

Agradeça por seu coração humano, Feyre. Tenha piedade daqueles que não sentem nada

Eu nunca tinha lido nada da Sarah e ela conseguiu me levar para dentro da trama e da Feyre muito fácil! Meu único problema foi que eu não consegui me conectar com o Tamlin, mesmo quando a Feyre está caidinha por ele, não conectou comigo. Em compensação, quando o Rhys apareceu e ele é todo vilão, eu já fiquei toda mole! Eu tenho um fraco em personagens vilanescos… Tradução impecável, uma capa linda, detalhes no começo de cada capítulo no e-book (o que nem todas as editoras fazem!), uma trama gostosa e viciante… É, eu fui picada pela febre Corte de Espinhos e Rosas! Só não vou marcar ele como favorito por culpa do começo, mas foi por pouco! E vou encerrar a resenha por aqui para poder ler Corte de Névoa e Fúria e quando você conhecer esse livro, vai entender bem pelo que estou passando!

Nome: Corte de Espinhos e Rosas
Série: Corte de Espinhos e Rosas # 1
Autora: Sarah J. Maas
ISBN-13: 9788501105875
ISBN-10: 8501105872
Ano: 2015
Páginas: 434
Editora: Galera Record
Classificação: 


Sobre a autora: 

Sarah J. Maas é autora #1 do New York Times e USA Today por suas séries Trono de Vidro, a qual começou a escrever aos dezesseis anos e que já foi publicada em mais de trinta e cinco países, e Corte de Espinhos e Rosas. Atualmente a autora vive na Pensilvânia com seu marido e um cachorro e, ao longo dos anos, desenvolveu uma apreciação pouco saudável para filmes da Disney e música pop ruim. Ela adora contos de fadas e balé, bebe muito chá e assiste muita televisão. Quando Maas não está escrevendo, pode ser encontrada explorando o belo condado de Bucks County.

Comentários

  1. Oi Tali, que bom que você tá lendo essa série e já vai pro segundo e já já deve ter resenha por aqui pra trocarmos figurinhas haha, eu terminei os três livros que foram lançados por aqui recentemente e fiquei surtada com o segundo e o terceiro, fui sugada pra essa história e fiquei perdida lá um bom tempo, tive até que reler um favorito leve e divertido pra não ficar de ressaca quando terminei rsrs.
    Mas falando desse primeiro livro, eu não surtei tanto, sou de ler muito sobre a história antes de pegar um livro pra ler, e já tinha uma noção pelas resenhas do rumo da história e sei lá, achei todo o romance do Tamlin muito frio, e isso toma muito espaço do livro (sei que é importante pra compreensão da trama maaas...), não fui fisgada ai, mas o talento da Sarah pra desenvolver fantasia é inegável, não leio tantas mas achei tudo muito criativo e envolvente e a experiência sensacional.
    Agora, quero outros livros dessa série pra ler, mas cadê haha... Amei a resenha <3 Vamos conversar mais nas resenhas dos outros livros ;)

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    1. Menina!! Eu já li 70% do segundo e vou te falar superou tudo aqui!! Aguarda que já vem resenha.

      Mas o primeiro foi bom, muito bom, talvez porque eu estava com muita saudade de fantasia e eu curti ainda mais, e vou te confessar: eu achei o Tamlin um personagem interessante, com muitas áreas cinzentas, maaaaasssss quando Rhis apareceu pela primeira vez já fiquei toda coração e suspiros ahahaha

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    2. Rhys conquista 10 entre 10 leitoras haha...
      Tamlin não sei, vamos falar mais dele quando vc for lendo os outros, mas já achei ele frio nesse mesmo quando dizia eu te amo haha e sei lá os rumos dele não me agradaram tanto :/ :D

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  2. Oi, Talita.

    Essa é o tipo de história que instiga, prende com o seu enredo.

    A Feyre parece ser uma personagem forte, que conquista.

    Como uma boa amante de romances, além da fantasia da trama, com certeza eu apreciaria também o romance que a autora inseriu.

    Pretendo ler essa série ainda esse ano. 😍

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    1. Esse livro é ótimo para quem curte os dois gêneros! Acho que você vai gostar e a Feyre é super forte, ela é do tipo:
      Personagem: Feyre não bebe esse vinho!
      Feyre meia hora depois: loucana cheio de vinho na ideia ahahah

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  3. Talita, não pensava em ler essa série, então ganhei em um sorteio. Quando li eu pensei: POR QUE EU NÃO LI ISSO ANTES? Hahaha impossível não ter essa reação.
    O mundo que a Sarah criou é maravilhoso, me deixou com vontade de ser feérica e ter magia e aaaaah...
    Me apaixonei pelo Tamlin nesse livro e fiquei intrigada com Rhys. Feyre tem toda a minha admiração.
    Mas preciso dizer que o meu preferido é o 2° livro. 😍😍😍

    Beijos

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    1. Eu achei o Tamlin misterioso, mas ao mesmo tempo meio passivo... Sei lá, não conectei de cara com ele, mas com o Rhys? A primeira vista!! E durante​ o período dela em Sob a Montanha aí já virou amor!!
      Bjs

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  4. Olá Tali!!!
    Adorei a resenha e posso dizer q sei do seu surto com essa leitura!!! Kkkkk
    Quase comprei o box, mas quando chegou o dia da promo, ele tinha aumentado...Mas está na imensa lista, mesmo a história saindo da minha zona de conforto, tenho curiosidade em conhecer e quero surtar tb ;-) kkkkk
    Bjs :-*

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