Pular para o conteúdo principal

[Série] "Safe", Harlan Coben



Eu bem que prometi para vocês que falaria sobre séries aqui no Viciados. Ainda é um processo novo para mim assistir algo e comentar aqui no blog. Estou muito acostumada a assistir, acabar, passar para o próximo, e mesmo quando a série é boa e bate uma pequena ressaca, ainda levei um tempo para poder sentar aqui e pensar no que falar para vocês sobre Safe, suspense policial escrito por um verdadeiro mestre do gênero: Harlan Coben! E quem me acompanha aqui no blog sabe que eu tenho verdadeira adoração pelo gênero policial e sabe que eu amo todos os livros do Harlan que já li. Ele é um gênio, não tem melhor adjetivo para ele, afinal, Harlan tem o poder, a habilidade e a mágica de fazer a gente ficar preso em seus livros desde a primeira linha. E não foi nenhuma surpresa que a série, escrita por ele, conseguiu o mesmo efeito, desde o primeiro episódio já ficamos com uma necessidade absurda de continuar vendo, prato cheio para os fãs de maratona!

A premissa de Safe, série exclusiva da Netflix que já está completa no serviço, é simples e ao mesmo tempo imperdível. Tom, interpretado por Michael C. Hall (de Dexter) e que também é produtor da série, é um médico, recém-viúvo, que vive com as suas duas filhas adolescentes no subúrbio londrino, dentro de uma espécie de condomínio fechado por muros e portões que servem para, como diz um personagem da história em um dado momento, deixar os bichos papões do lado de fora… ou prender eles do lado de dentro. Até aí, quase tudo bem. Sabemos que pai e a filha mais velha, Jane (Amy James-Kelly) estão com a relação abalada depois da morte da mãe, que Tom está se envolvendo com uma vizinha e a filha tem um namoradinho mais velho, Chris Chahal (Freddie Thorp), que deixa o pai ressabiado e sem saber que fazer, já que esse departamento era responsabilidade de sua falecida esposa, ao ponto que ele instalou um aplicativo espião no celular da garota. E um belo dia, a filha avisa que vai sair com as amigas, marca uma hora para voltar e o pai espera, espera mais um pouco, o dia amanhece e… nada de Jane! A filha de Tom desaparece e o pai, ex militar, decide procurar a filha ele mesmo!

Tom e a sua filha Jane, cujo desaparecimento desencadeia toda a série.
No meio disso tudo, a professora de francês da escola que funciona dentro desse subúrbio fechado, foi acusada de manter relações com um aluno, e Sophie, uma detetive que é vizinha da professora e de Tom (com quem mantém uma relação as escondidas), vai investigar as alegações e encontra provas bastantes suspeitas contra Zoé Chahal (Audrey Fleurot), que alega que tais provas é uma armação. Reparou no sobrenome? Zoé Chahal é mãe do Chris, namorado da Jane, e assim como a filha de Tom, ele também está desaparecido e as tramas começam a se interligar. Será que o desaparecimento dos jovens tem relação com a armação (ou não) contra Zoé? E pasmem, tudo isso acontece em apenas UM CAPÍTULO, dos oito que a série possui e eu não vou falar muito sobre a trama já que o mais legal de Safe é ir desvendando a série a cada capítulo ou até mesmo nas viradas que ela dá em menos de 5 minutos!

Tom e seu amigo Pete investigando o desaparecimento de Jane por conta própria.

Posso adiantar, entretanto, que a série tem uma sacada muito inteligente: em uma comunidade fechada, onde todos conhecem todos tão intimamente, alguns até mesmo desde a infância, até onde você realmente conhece alguém? Todos tem direito a ter segredos, mas e se o segredo afeta a vida do outro, onde está o limite? E a melhor pergunta que eu me fiz ao longo de toda a série: estamos mesmos seguros atrás de grades e muros? Com essas perguntas, dramas e muita investigação que vai criando teias e teorias, Safe se sustenta com seus poucos capítulos, o que já é um acerto. Se a série fosse maior e ficasse enchendo linguiça, perderia a graça. Tudo foi muito bem feito aqui, desde o tamanho da série, o quanto o público sabe, e os personagens não, e o quanto os personagens sabem e o público não, deixando você ligado, grudado na tela da sua Tv (ou tablet ou celular, usei todos para conseguir ver Safe), para, ou descobrir algo, ou ver a reação de algum personagem quando descobrir algo. Vale falar que as músicas de abertura e encerramento são bem chicletes, muito gostosas de escutar, já até coloquei no meu celular. Vou deixar a música aqui para vocês curtirem também Glitter & Gold de Barns Courtney, a música de abertura, mas vale também escutar Fire, do mesmo músico, que é a música que encerra cada episódio.


E se preparem para um final daqueles, dignos de Harlan “O careca que não sabe brincar” Coben. Aliás, toda a série leva a sua assinatura do começo ao fim e só por isso já leva o selo de aprovação! Só posso encerrar falando para vocês que Safe é imperdível. A minha sensação assistindo a série foi a mesma sensação que tenho quando leio um livro do Harlan, onde eu não conseguia deixar de assistir e querer mais um episódio, como falei, anteriormente, apelei para todos os meus dispositivos que possuem Netflix e só não vi no trabalho porque preciso do meu salário para pagar a mensalidade do serviço de streaming. Vale a pena assistir, vale votar na série e torcer para que mais trabalhos do Harlan, originais ou adaptações, ganhem vida nas telas. E vamos combinar, já não era sem tempo que o grande público descubra que Harlan Coben é, talvez, um dos maiores mestres da atualidade quando falamos de suspense policial.

Minha reação quando acabou! #Chocada

Comentários

  1. Oi, Talita.

    Como uma boa apreciadora de suspense, é muito provável que eu comece a assistir essa série em breve, por conter elementos que eu considero formadores de um bom enredo.

    Essa ligação entre os desaparecimentos e os segredos guardados a sete chaves pelos moradores, aguçou a minha curiosidade em querer tentar desvendá-los e descobrir a motivação para tais fatos.

    ResponderExcluir
  2. Pelo visto vou começar a conhecer a criatividade para o suspense do Harlan Coben que você fala tão bem através dessa série, parece super interessante, vi um anuncio sobre ela e fiquei interessada e depois que eu conseguir assistir volto pra te contar o que achei ;) Post muito bom, amo quando vejo indicações de séries.

    ResponderExcluir
  3. Eu não sabia que era escrita pelo Harlan, e eu estou enrolando a dias!
    Já vou até começar a assistir, porque eu adoro o Michael Hall.
    Já estou curiosa para saber o final haha

    beijinhos
    She is a Bookaholic

    ResponderExcluir
  4. Olá Tali!!!
    Só li um livro do Harlan Coben, mas Ameiii!!! Quero mais com certeza, só preciso de "tempo $"
    Não estou mais ligada em séries, mas essa me lembrou muito, as q eu assistia e era fascinada...fiquei bem curiosa em conhecer...Vou indicar tb para as amigas, viciadas em Netflix ;-) kkkkkk
    Bjs :-*

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

:: Resenha 131 :: Insônia, Stephen King

Sinopse: Insônia narra o verdadeiro inferno que se transformou a vida de Ralph Roberts, um pacato aposentado que não consegue mais dormir em paz desde que a mulher morreu. O sono não chega e, o pior: a escuridão o arremessa à hiper-realidade. Acontecimentos horríveis envolvendo o povo de Derry, no Maine, onde sempre viveu, surgem como flashes em sua mente. Do dia para a noite, Ralph se vê desesperadamente envolvido em um mundo de terror. E tudo o que ele gostaria era de dormir em paz. Conforme o quadro piora, ele começa a ver coisas invisíveis aos olhos dos outros —auras coloridas e seres que, por sua aparência, chama de “doutorzinhos carecas”. Através dessas visões, percebe outros planos de realidade e sua influência sobre o mundo “real”. Mas Ralph não está sozinho nesse jogo de alucinações inexplicáveis. O químico Ed Deepneau também anda percebendo que coisas estranhas acontecem ao seu redor. Subitamente, os velhos amigos tornam-se inimigos numa guerra entre mundos invisíveis

:: Resenha 153 :: “After 3 – Depois do Desencontro”, Anna Todd

O k, vai ter spoiler sim e se reclamar vai ter mais! Brincadeeeeeeiraa!!! =P É que assim, vamos combinar? Resenha do terceiro livro onde acontece coisa pra diabo, não tem como, vai rolar uns spoilerszinhos de leve, então fique avisado, certo? Se quiser seguir, siga, se não quiser, comenta assim mesmo hahahaha. Bom, parece que todo livro dessa mulher termina com uma bomba. O segundo terminou com a Tessa guardando um segredinho básico do Hardin, lembra que eu até comentei na resenha ? Então, além disso, terminou com ela dando de cara com o pai e é assim que este terceiro livro começa. Confesso que antes de começar, ao ler a contracapa que diz... Sinopse: Tessa passa pelo momento mais difícil de sua vida. Enquanto luta para crescer na carreira com a qual sempre sonhou, seu mundo é virado de ponta-cabeça: a inesperada aparição de seu pai e uma traição imperdoável a deixam mais fragilizada do que nunca. Hardin — com seus beijos viciantes, seu toque incendiário e seu ch

:: Resenha 177 :: "A Casa Negra", Stephen King e Peter Straub

Sinopse: Hoje, Jack é um detetive de Los Angeles aposentado e mora no vilarejo de Tamarak, no estado norte-americano de Wisconsin. Um estranho acontecimento forçou-o a deixar a polícia há algum tempo, e ele vive tranqüilo, protegido das recordações perigosas. Mas sua tranqüilidade está prestes a acabar. Uma série de assassinatos macabros no oeste de Wisconsin faz com que o chefe de polícia local, amigo de Jack, lhe implore para ajudar a polícia inexperiente a encontrar o assassino. Em algum ponto do universo parece estar escrito que Jack terá de voltar aos Territórios. Atormentado por mensagens enigmáticas que lhe aparecem como que em sonhos, Jack decide enfrentar o desafio e acertar as contas com seu próprio passado.… E ntão, lembram-se da resenha de O Talismã ?? Lembram que falei sobre uma continuação?! Então, cá estamos nós com A Casa Negra , a supracitada continuação, onde podemos ver um Jack Sawyer adulto, policial aposentando no auge de seus 32 anos e totalmen