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:: Resenha 349 :: “Dezesseis”, Rachel Vincent



Sinopse: Em um mundo em que todos são iguais, uma garota se destaca por sair do padrão. Uma história promissora e de ritmo acelerado, escrita por Rachel Vincent, autora best-seller do The New York Times.
“Nós temos cabelos castanhos. Olhos castanhos. Pele clara. Somos saudáveis, fortes e inteligentes. Mas só uma de nós já teve um segredo.”
Dahlia 16 vê seu rosto em toda multidão. Ela não tem nada de especial – é apenas uma entre as outras cinco mil garotas que foram criadas visando o bem da cidade. Ao conhecer Trigger 17, porém, tudo muda. Ele a considera interessante. Linda. Única. Isso significa que ele deve ser defeituoso. 
Quando Dahlia não consegue parar de pensar nele – nem resistir a procurá-lo, ainda que isso signifique quebrar as regras – ela percebe que deve ser defeituosa também. Mas, se ela for defeituosa, todas as idênticas também são. E qualquer genoma com defeito descoberto deve ser recolhido. Destruído. Ser pega com Trigger não apenas selaria o destino de Dahlia, mas o das cinco mil garotas com o mesmo rosto. No entanto… e se Trigger estiver certo? E se Dahlia for mesmo diferente? Subitamente, a garota que sempre seguiu todas as regras começa a quebrá-las, uma a uma…



Olá, pessoinhas! Tudo tranquilo? Olha, fazia muuuito tempo que eu não lia uma distopia. Pra ser exata, eu não lia desde junho do ano passado, quando eu li A Coroa, terminando a série de Kiera Cass. Foi então que nossa parceira, a Universo dos Livros, mandou Dezesseis, da Rachel Vincent, de cortesia e, cara, eu me amarrei nessa história distópica pra lá de doida.

Imagine uma sociedade onde todo ser humano é criado, sim, todo ser é produzido geneticamente por um geneticista (Edmond Kirsch do Dan Brown curtiu isso!), através de um mesmo genoma, sendo assim, clones produzidos em massa, tudo para desempenhar uma determinada função. Um grupo de milhares com a mesma cara, a mesmíssima aparência, as mesmas características, que cuida da limpeza da cidade, outro que cuida da segurança do lugar, outro que é responsável pela manutenção, outro que planta os alimentos que abastecem a cidade. Enfim, cada grupo tem sua função.

Não pense você que é um grupo pequeno, não! É papo de cinco mil pra cada clone. Cara! Imagina milhares de pessoas com a mesma cara, que parada bisonha!

Todos eles são treinados pra executar sua determinada função desde seu "nascimento" e eles só podem fazer aquilo e nada mais, como se fossem robozinhos! E detalhe, cada grupo desse, ou classe, só se confraterniza com a sua própria classe. Eles não podem de jeito nenhum confraternizar com alguém de outro grupo, a não ser por um cumprimento padrão que eles são permitidos. E só!

Quem nos apresenta toda essa doideira é Dahlia 16, uma agricultora hidropônica que vai percebendo que talvez nem todos sejam iguais e perfeitos assim.

Ao ficar presa num elevador com o cadete Trigger 17 e estar prestes a ter um ataque de pânico, Trigger 17 mostra a ela toda uma nova visão daquele mundo. Já que eles estão presos, sem energia e com as câmeras de segurança sem funcionar, Trigger 17 com todo o seu conhecimento por ser um cadete, instrui Dahilia a se acalmar, falando com ela, distraindo-a para que ela fique bem.

Tudo isso é um grande choque pra ela, um susto gigantesco e ela fica tensa mesmo que ninguém os veja, só pelo fato dele ser de um outro grupo e estar confraternizando com ela, falando com ela! O primeiro pensamento dela é que Trigger 17 é defeituoso. Tem algum defeito nesse genoma aí, ele não foi produzido direitinho como deveria ser, só por estar quebrando a regra de não falar com quem é de outro grupo que não o dele. 

Só que a própria Dahlia começa a se dar conta que ela também pode ser defeituosa, já que ela é beeem diferente de suas idênticas. Ela questiona ordens, questiona o sistema de Lakeview e se pega super atraída por aquele cadete, falando com ele mesmo sabendo que é errado. E essa interação entre eles acaba se repetindo, sempre em segredo, sempre às escondidas, porque ela sabe que se descobrirem, ela e todas as suas idênticas correrão perigo, pois Lakeview não permite pessoas com defeito, estas são recolhidas e descartadas. Sim, é isso mesmo que você pensou!

Mas é claro, uma hora a parada ia feder, ia dar ruim! Uma hora eles são pegos juntos, Dahilia 16 é recolhida para um exame de sangue para que possam descobrir qual defeito é esse em seu genoma. E é aí que o livro ganha força, te prendendo. Ela vai conseguir fugir porque ela simplesmente não quer morrer e mais, ela também quer descobrir o que ela tem, que defeito ela pode ter, e ela não quer que as suas 4.999 irmãs, sejam recolhidas e assassinadas também.

Sério, agora é só ação e só descobertas que...


Como assiiiiiiiiiiiiiiim, genteeee?!
Eu não vou falar, porque o legal é você ler e descobrir, porque olha, tem muita coisa pra descobrir sobre Lakeview. E o final… o final é inacreditável! Eu virei a última página, fechei o livro, virei ele de cabeça pra baixo, pensando “Peraí, como assim? Cadê o resto? Não pode terminar assim!”, mas ele termina…


Agora só me resta esperar pelo segundo livro, porque eu estou muito, muuuuuuuuuuuuuuuuito curiosa pra saber o que vai acontecer!

Vou deixar pra vocês os trechos que destaquei:

"O elevador começa a descer e lanço um olhar furtivo para ele, porque nunca vi seu modelo genético de perto, e o geneticista que criou esse genome certamente trouxe glória à cidade com aquele projeto."

Confesso que roubei essa frase pra mim. XD

"A natureza está repleta de beleza, mas nós não fomos feitos pela natureza. Fomos feitos pelos geneticistas - cientistas do Departamento de Especialistas, que sabem como montar o DNA humano como um pedreiro monta prédios, juntando cuidadosamente os componentes necessários até que o resultado tenha a forma e a função desejadas."

"Sei que cada genoma é único e que não há duas classes parecidas, por causa da norma de Preservação e Distribuição Igual de Traços Genéticos. Mas não posso deixar de me perguntar por que os geneticistas se preocuparam com outros genomas masculinos depois que o de Trigger 17 foi criado.
Sua forma é claramente um triunfo da engenharia genética, e não consigo imaginar como esforços futuros poderiam melhorá-lo."

Eu me divertia muito quando ela tinha esses momentos "Olha, posso parecer um robozinho, criada em laboratório, mas também posso sentir calores internos da cintura pra baixo!" rsrsrs.

"A única informação que tenho sobre meninos e meninas serem atraídos uns pelos outros vem de um imperativo biológico no ano 15.
Assim como as plantas que crescem na terra, antes as pessoas também cresciam na natureza. As crianças eram produzidas uma por vez, e só de vez em quando apareciam duas ou três juntas, e mesmo essas raramente eram iguais umas às outras. A fertilização era suja e ridiculamente ineficiente. O processo requeria um homem e uma mulher, em vez de um geneticista e um laboratório, e a concepção nunca era garantida, mas como essa era a única forma de reprodução da humanidade primitiva, homens e mulheres eram atraídos uns pelos outros com o propósito de procriar."

"Genomas defeituosos e ineficientes devem ser recolhidos, para o bem da cidade. Esse é o princípio mais fundamental de uma sociedade produtiva e ordenada. Não houve nenhum recolhimento durante a minha vida, mas eu sempre soube que isso poderia acontecer. Sempre soube que isso deveria acontecer se Lakeview carregasse o fardo de um genoma defeituoso.
O que eu não sabia é como os idênticos defeituosos ficariam aterrorizados. Como eles relutariam em abrir mão de suas vidas e simplesmente cessar de existir pelo bem da cidade.
Jamais imaginei que o compromisso altruísta poderia ser tão aterrorizante."

"Sem os geneticistas, a humanidade teria que voltar à velha maneira, suja e ineficiente, de produzir crianças que podem morrer ou herdar doenças e certamente jamais desenvolverão todo o seu potencial, porque são feitos de fitas de DNA aleatórias, e não de genes escolhidos a dedo, perfeitamente adequados a um propósito específico."

"(...) a menção a um aniversário me faz lembrar uma aula de história há muito esquecida. Eu me lembro de ouvir sobre a prática arcaica de comemorar o aniversário de nascimento de alguém com uma cerimônia na qual se apresenta um bolo com fogo em cima.
O antigo festival é uma celebração de excesso e desperdício, de gastos com uma só pessoa. Ele saiu de moda há muito tempo, quando os avanços tecnológicos permitiram a produção de pessoas em massa, com muito mais eficiência."

Doideira!!! XD
Super recomendo!
Título: Dezesseis
Autora: Rachel Vincent
ISBN-13: 9788550301532
ISBN-10: 8550301531
Ano: 2017
Páginas: 240
Editora: Universo dos Livros
Compre aqui: Amazon
Skoob
Classificação:


Sobre a autora:


Rachel Vincent é autora best-seller do The New York Times e conta com uma legião de fãs no Brasil, que se encantaram com a série Shifter, sendo considerada referência no gênero fantasia para jovens. Ela mora em Oklahoma, é bacharela em Inglês e tem uma imaginação hiperativa. Rachel é mais velha do que parece e mais nova do que se sente, mas segue convencida de que, para cada dia que passa escrevendo, um a mais é adicionado ao seu tempo de vida.

Comentários

  1. Oi Bia, achei a premissa dessa história loucamente interessante e fiquei super interessada em ler, só espero que a Universo prossiga com os lançamentos pois com um livro de final surpreendente e de roer as unhas não ter a continuação não é bom rsrs. Curti a resenha, fiquei curiosa pra saber mais da história e gostei que tem romance haha, eu não vivo sem romances <3 :)

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    Respostas
    1. Ai, Lili, nem fala, tomara que a Universo continue sim, pq olha, esse final não é de Deus!!!
      E eu te entendo, eu tb não vivo sem romance hahahah. ;)

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