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:: Resenha 346 :: "Fuck Love - Louco Amor", Tarryn Fisher


Sinopse: Helena Conway se apaixonou. Contra sua vontade. Perdidamente. Mas não sem motivo. Kit Isley é o oposto dela desencanado, espontâneo, alguém diferente de todos os homens que conheceu. Ele parece o seu complemento. Poderia ser tão perfeito... se Kit não fosse o namorado da sua melhor amiga. Helena deve desafiar seu coração, fazer a coisa certa e pensar nos outros. Mas ela não o faz... Tentar se afastar da pessoa amada é como tentar se afogar. Você decide fugir da vida, pulando na água, mas vai contra a natureza não buscar o ar. Seu corpo clama por oxigênio sua mente insiste que você precisa de ar. Então você acaba subindo à superfície, arfando, incapaz de negar a si mesma essa necessidade básica de ar. De amor. De desejo ardente. Você pode pensar que já viu histórias parecidas, mas nunca tão genuínas como essa. Tarryn, a escritora apaixonada por personagens reais, heroínas imperfeitas, mais uma vez entrega algo forte, pulsante, que nos faz sofrer mas também nos vicia. Depois dela, todas as outras histórias começam a parecer como contos de fadas. Se você não quer se viciar, não leia a primeira página.

Bom, coleguinhas, o que posso dizer desse livro é que se você está familiarizado com o estilo da Tarryn, então sabe que a história vai te prender e que quando menos você esperar, você já terá terminado. 


Tarryn é dessas, faz você devorar o livro com sua narrativa fluida, com seus personagens bem construídos e “andar de suas carruagens”. E mais uma vez me encontrei em momentos onde eu ri, senti raiva, chorei e soltei coraçõezinhos pela boca.  

Dessa forma, Helena Conway é uma mulher que ainda está tentando se encontrar. Mesmo quando seu mundo ainda “seguia nos trilhos”. É visível isso, até porque o ciclo da vida nunca costuma ser uma linha reta que nos leva a um objetivo concreto ou satisfatório. Uma vez que vivemos em períodos de transições, onde, cada vez mais, é possível encaixar nossos sonhos e habilidades nas demandas do tal “mundo novo” que de uma hora pra outra, nos aparece.

Sendo assim, em uma das reviradas da vida, Helena precisa redirecionar seus passos, entender seu coração que agora tá dando seta para o namorado da melhor amiga  e encontrar suas habilidades e paixões. Entendido isso, a parada deveria ser evidente, mas a verdade é que não é, nem para pessoas mais vividas. É um processo, de muitas dúvidas de por onde começar, onde certas estranhezas do que é certo e errado se confundem. Onde amor, insegurança, medo e curiosidade se misturam.

Altruísta na maioria das vezes, inclusive com a chata da melhor amiga, Della, ela encontra em Kit Isley (o tal namorado da melhor egoísta amiga), a força constante para seguir em frente para um novo caminho. Assim, além de ser aquele cara que você agrega coisas boas quando se está perto, Kit ainda está em um processo de busca de alma e movimentação e se vendo cada vez mais atraído pela espirituosa Helena. 

E aí coleguinhas, é que vemos o quanto a batata quer assar. São situações que as emoções chegam sem avisar, e estão longe de seguir o tal roteiro de reações perfeitamente trabalhadas e bem pensadas. Até porque, a maioria das vezes ninguém tá pronto para enfrentar certas paradas que a vida nos presenteia.

Então, como vemos na sinopse, Helena acaba em um caminho que ela nunca esperava, com um homem que ela nunca imaginou, recebendo um sabor inesperado de felicidade. A questão é que o homem não é seu namorado, mas sim, o namorado da melhor cadela narcisista e auto-centrada amiga.
Girando em um frenesi emocional que não consegue controlar, examinando a bagunça que está sua vida por querer o tal homem (comprometido) dos seus sonhos e ainda escolher definitivo qual caminho tomar. 

Ainda bem que eu nem fazia ideia do que se tratava a história desse livro, quando a nossa querida parceira Faro Editorial, me mandou como cortesia. Mesmo curtindo bastante a Tarryn Fisher, eu preferi não saber nada e pegar o livro nas escuras. Confesso que estou bem feliz por ter feito isso. Não saber o que esperar de suas histórias é praticamente a cereja do meu bolo. Mesmo meu pobre coração bipolar dando mais uma volta nessa montanha russa com algumas reviravoltas que a dona Tarryn coloca. Eu amei a leitura, e se você não acredita quando digo que ela faz isso, de uma olhadinha nessa resenha aqui. Vão saber o dom dessa mulé em explorar escolhas e possibilidades bem fora do contexto certinho. 

Fora isso, meu povo, eu recomendo esse livro. Tarryn é objetiva, leve e com total capacidade de relacionar os elementos do texto sem se perder na história, dando um contexto perfeito. Sua narrativa é afiada e cativante e seus personagens são construídos para mexer com todas as suas emoções. Acredite. 

- Estou tentando me encontrar.
- Isso, minha querida é a coisa mais assustadora que irá fazer.
- Por que?
- Porque você pode não gostar do que vai encontrar.




Título: F*ck Love - Louco Amor
Título Original: Fuck Love
Autora: Tarryn Fisher
Gênero: Romance/ New Adult
ISBN-13: 9788562409998
ISBN-10: 8562409995
Ano: 2017
Páginas: 288
Editora: Faro Editorial
Compre aqui: Submarino, Amazon
Classificação: 





Sobre a autora: 

Tarryn Fisher é autora best-seller do The New York Times. É cofundadora de um blog de moda e coautora de uma série com Colleen Hoover. Tarryn reside na área de Seattle com seu marido e dois filhos. Ama vilões, adora dias chuvosos, Coca-Cola, café e uma dose de sarcasmo, mas odeio adjetivos ruins. Sua trilogia Amor e Mentiras foi lançada no Brasil pela Faro Editorial, que também prepara o aguardado Bad Mommy. E acha que o Instagram é o novo Facebook.  @tarrynfisher – http://www.tarrynfisher.com

Comentários

  1. Oi Graziela, confesso que o tema não me atrai muito, se apaixonar pelo namorado da melhor amiga por mais que ela seja uma "cadela" (e se é assim não entendo a amizade) é algo que não me atrai, mas a resenha tá muito boa e a escrita da autora parece ser o diferencial pra fazer a história funcionar, assim, talvez mais a frente eu me arrisque na leitura ;)

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  2. Oi Grazi, olha vou te falar que eu aprendi a gostar das loucuras dessa mulher depois de ler Nunca, Jamais. Tanto que reli a Oportunidta depois e a vi com outros olhos.
    Adorei a resenha.
    Bjs

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