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:: Resenha 337 :: "A Ruiva Misteriosa", Alice Clayton


Sinopse: Grace Sherridan volta a Los Angeles para se tornar atriz profissional. É sua segunda tentativa para conquistar seu grande sonho. Será que, com a ajuda de sua agente e melhor amiga, esse sonho se tornará realidade? Ou será que, aos trinta e três anos, Grace já perdeu a oportunidade de se destacar? Um excitante e inesperado caso com Jack Hamilton, o novo queridinho da indústria de entretenimento, ameaça colocá-la sob os holofotes de maneira indesejada. Como isso irá afetar a carreira dela... E a dele? Divertida e quase neurótica, Grace é perfeita em suas imperfeições, e o clima sensual entre ela e o charmoso e desatento Jack é fora de série. Com diálogos hilários e um romance de tirar o fôlego, se esgueirar em Los Angeles fugindo dos paparazzi nunca foi tão divertido.

Amores, imaginem: você pega um livro que está recheada de expectativas, afinal, você já leu outros trabalhos da autora e adora a escrita dela, seu humor, sua narrativa, enfim, adora tudo! E quando começa a ler... a coisa não cola, não rola, não bate! Então, essa foi a minha experiência com A Ruiva Misteriosa da Alice Clayton.
Eu gosto muito da série Wallbanger, que está aos poucos, saindo no Brasil. E eu estava muito ansiosa para ler algo completo dela. Livros que já estivessem todos lançados, e pesquisando, achei a séria Redhead, da nossa parceira Universo dos Livros. Acabei solicitando ele na parceria, pois queria muito, não só descobrir a série, como poder enfim recomendar um livro de uma autora que eu adoro. Então, talvez o meu problema tenha sido com a minha expectativa, ela estava muito alta e eu estou numa sucessão de livros maravilhosos, alguns até mesmo levaram um favorito, e quando eu comecei Ruiva, estava nesse embalo… mas, não me pegou de começo. O livro só foi explodir para mim lá para o final, nos últimos 5 ou 6 capítulos.

Não conseguia acreditar no quanto essa calça era apertada, apesar de estar me sentindo superorgulhosa por estar vestindo-a. Senti uma empolgação, um espírito de “vai nessa”, mas isso também pode ter sido a falta de oxigênio da cinta de brim que está agora restringindo meu suprimento de ar.
As pessoas ainda dizem “vai nessa”?

Importante! Essa foi a minha experiência com a leitura de A Ruiva Misteriosa e ela pode e vai ser diferente da sua experiência quando ler o livro. Para ser bem honesta, não é um livro ruim, mas faltou um ritmo mais agitado para o meu gosto, no começo. E talvez, para os próximos livros dessa trilogia, com os personagens já apresentados, eu tenha uma experiência melhor com o livro. Só deixando bem claro, eu dificilmente daria sequencia em uma série caso eu não gostasse de nada sobre ela, se eu quero dar seguimento a Ruiva, então existe algo que eu gostei, só não amei.

– Maldita, você está me mimando. Eu acho que finalmente terei que contratar uma empregada quando você se mudar – brincou ela, sentando-se na mesa do café da manhã e bebendo seu café perfeito.
– Você pode fazer isso ou pode se casar com um homem que não trabalhe. Aí você terá sua casa limpa e sua xoxota ficará contente, tudo em uma só tacada.

Mas chega de falar de mim, vamos falar sobre o livro em si. A Ruiva Misteriosa é um típico chick lit, ou seja, um livro feito para e sobre mulheres. Nele vamos conhecer Grace Sheridan, uma aspirante a atriz de 33 anos que decidiu retornar a L.A. depois que a sua primeira experiência não deu muito certo. Agora, mais velha e preparada, ela retorna para a cidade e vai morar com a sua melhor amiga, Holly, uma agente de artistas que está empolgadíssima com a sua nova estrela em ascensão, Jack Hamilton.

Tudo bem, olha. Toda vez que escuto as pessoas dizerem que sentiram “faíscas”, costumo pensar que é uma baboseira. Fala sério, eu já me senti atraída por pessoas, claro, e também já senti um desejo instantâneo. Mas faíscas? Faça-me o favor.
Em seguida, ele tocou minha pele. De propósito. Intencionalmente. Nada platonicamente.
Faíscas. Faíscas. Faíscas. Faíscas quentes. Faíscas luminosas. Faíscas de relâmpago. Jesus, Maria e José, faíscas.

Jack tem só 24 anos e foi recentemente descoberto em filmes independentes ingleses e foi escolhido para interpretar o papel principal no filme Tempo, baseado em colunas publicadas em uma revista feminina e que é o maior sucesso entre as mulheres. Por consequência, todas as mulheres do mundo desejam Jack e não é para menos. Lindo, carismático e gentil, ele derrete os corações por onde passa. Grace e Jack se conhecem em uma festa na casa da Holly e logo surge uma empatia de cara, que muito rapidamente (muito mesmo!) vira amizade e logo os dois começam um caso.

Já estava começando a sentir que estava ficando pronta, e não queria que a primeira vez que Jack me deixasse louca fosse no estacionamento da minha melhor amiga. No quarto de hóspedes da minha melhor amiga, onde eu estava atualmente morando? Aí tudo bem.

Aqui é onde vem a minha dificuldade com o livro. Tudo isso demorou muito para acontecer quando estava claro, exatamente o que aconteceria. E a demora é justamente porque existe uma diferença de 9 anos entre Grace e Jack e ela fica martelando isso várias vezes em seus vários monólogos! Sério, 9 anos de diferença em Hollywood é nada, gente! Demi Moore tinha 15 anos a mais que o seu agora ex marido, Ashton Kutcher. Sam Taylor-Wood (diretora de Cinquenta Tons de Cinza) é 23 anos mais velha que Aaron Taylor-Johnson (que eu imaginei como o Jack, só para vocês saberem). Resumindo, essa diferença de idade entre uma mulher mais velha e um homem mais novo não é tão chocante, então porque a Grace, que sempre se mostrou tão alegre, empolgada, divertida e bem resolvida com a sua sexualidade, ficou com tanto medo de entrar nessa relação com o Jack?

Eu tinha trinta e poucos anos com uma hipoteca enorme e uma carreira de iniciante. Ele estava próximo de se tornar uma famosa estrela de filmes, que deve ficar com garotas como Formidável e Também Formidável. Durante os trinta segundos do meu caminho de volta à nossa mesa, mil pensamentos passaram pela minha cabeça, mas todos, menos um, sumiram assim que o vi.

Tirando esse porém, o humor acabou salvando o livro, aliás, essa é a marca registrada da Alice Clayton. Seus livros são sempre bem-humorados, com personagens divertidos e quando alguém é amigo, é muito amigo! Algumas piadas não foram o melhor momento da autora, mas não se acerta todas… Por fim, é um livro curto, com um começo meio lento e se você ignorar os diversos monólogos da Grace e a sua obsessão pela palavra "xoxota", o livro é bom, com doses gostosas de humor, muita pegação e diálogos loucos que casam perfeitamente na narrativa e na personagem Grace. O final foi exatamente o que eu queria para os personagens e bateu uma curiosidade de saber o que vai acontecer com eles a seguir, mas não o suficiente para me fazer parar tudo e correr para a sequência.


Nome: A Ruiva Misteriosa
Série: Redhead # 1
Autora: Alice Clayton
ISBN-13: 9788579306891
ISBN-10: 8579306892
Ano: 2014
Páginas: 272
Classificação:



Sobre a autora: 

Depois de trabalhar por anos com cosméticos, como maquiadora, esteticista e educadora, ALICE CLAYTON decidiu pegar uma caneta (leia-se "notebook") pela primeira vez aos trinta e três anos de idade para iniciar sua carreira como escritora. Ela nunca havia escrito algo mais longo que uma lista de mercado, e logo descobriu a válvula de escape para a criatividade que ela sentia falta desde que havia deixado o teatro, dez anos antes.
Ela gosta de jardinagem (exceto a parte de tirar ervas daninhas), de receitas de forno (exceto a parte de lavar a louça depois) e está desesperadamente tentando convencer seu namorado a pedi-la em casamento (e também a compar um cão montanhês).

Comentários

  1. Oi Talita, é chato essa questão das expectativas, já aconteceu comigo, ir louca pra ler uma história e ela não ser exatamente como eu esperava haha, mas é válido, vamos moldando nosso gosto literário assim né, gostando mais de uns que de outros :) A minha experiência com esse livro foi um pouco melhor que a sua, eu ainda não conhecia a autora e vi um post falando de Chick lits onde ele era indicado, eu curti a capa e a sinopse e na loucura quando vi que era trilogia comprei tudo de vez haha, um risco, imagina se não tivesse gostado de nada :D, mas até que curti, as cenas engraçadas são muito boas e ri com as loucuras de Grace e me surpreendi com o teor mais "hot" da história, não esperava, tava esperando uma história leve e divertida, mais pra Sophie Kinsella, mas no final tudo correu bem, eu curti, me diverti e me apeguei aos protagonistas, que se revezam nos problemas ao longo da trilogia.
    Espero que você goste mais dos próximos livros :)

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  2. Oi Lili, já fico aliviada em saber que a história melhora! Meu maior problema foi mesmo com a insistência da Grace de fazer as idades serem um problema quando não tem nada de errado nisso, mas como falei na resenha no final do livro eu já estava curtindo muito os personagens e começou a bater aquela vontade de seguur lendo e salvou a leitura! E vamos combinar Jack é um fofo e a Grace uma louca da Silva! !
    Bjs

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