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:: Resenha 336 :: "Último Turno", Stephen King



Sinopse: Brady Hartsfield, o diabólico Assassino do Mercedes, está há cinco anos em estado vegetativo em uma clínica de traumatismo cerebral. Segundo os médicos, qualquer coisa perto de uma recuperação completa é improvável. Mas sob o olhar fixo e a imobilidade, Brady está acordado, e possui agora poderes capazes de criar o caos sem que sequer precise deixar a cama de hospital. O detetive aposentado Bill Hodges agora trabalha em uma agência de investigação com Holly Gibney, a mulher que desferiu o golpe em Brady. Quando os dois são chamados a uma cena de suicídio que tem ligação com o Massacre do Mercedes, logo se veem envolvidos no que pode ser seu caso mais perigoso até então. Brady está de volta e, desta vez, não planeja se vingar apenas de seus inimigos, mas atingir toda uma cidade. Em Último turno, Stephen King leva a trilogia a uma conclusão sublime e aterrorizante, combinando a narrativa policial de Mr. Mercedes e Achados e perdidos com o suspense sobrenatural que é sua marca registrada.

Então, mais uma vez estou de volta e dessa vez é para falar do terceiro livro da trilogia Bill Hodges, do titio King, que a nossa parceira Suma de Letras me enviou como cortesia. Confesso que fiquei muito feliz por fechar essa trilogia com chave de ouro.
Dessa forma, para quem ainda não sabe sobre essa trilogia e gostaria de saber um pouco mais, vou deixar o link da resenha do primeiro livro, o Mr. Mercedes  aqui e a resenha do segundo livro, Achados e Perdidos, aqui. Posto isto, cada livro vai contar um caso diferente em que o policial aposentando, Bill Hodges, acaba resolvendo, mas tendo como pano de fundo a presença de Brady Hartsfield, o anti-herói de sua trilogia.


Existe uma simetria perfeita para o modo como Stephen King alinha a abertura do Último Turno com o esmagador final do  Mr. Mercedes.  O primeiro livro começou em 2009 com um assassino furioso roubando o carro do título, chegando com tudo e atropelando sem dó a multidão. Pessoas indefesas, que estavam desesperadas para conseguir um empreto e que não se incomodaram em enfrentar uma fila de uma feira de trabalho, em plena madrugada em meio a uma neblina forte, para tentar a sorte. E enquanto estavam imersos em seus próprios pensamentos e criando centelhas de esperanças acabaram vitimas do diabólico Brady Hartsfield.   

Desse modo, o terceiro livro também começa naquele dia, mas navega  de um modo diferente  para o presente até um final terrivelmente ressonante. Ele se desenrola seis anos depois que Brady matou oito e mutilou vários na tal fila de empregos e que mais tarde, nesse livro, ele ainda teria matado mais, com uma bomba  em um show de rock. Se não fosse por Hodges e seu peculiar companheiro, Holly Gibney.  Então agora, mesmo Brady imobilizado, ele acaba se tornando ainda mais malévolo do que aquele que poderia dirigir como um louco e quase explodir um estádio cheio de fãs adolescentes em um show de rock. Acontece que o médico curioso de Brady foi enchendo ele de uma droga experimental "desenvolvida em um laboratório neurológico boliviano". E mesmo estando imobilizado, o assassino latente aproveita essa parada excêntrica dentro de seu cérebro danificado e começa a preparar maneiras de ameaçar certa parte vulnerável da população. Com esse poder misterioso que lhe dá controle letal sobre os pensamentos das vítimas, a capacidade de hipnotizar e possuir pessoas contra sua vontade, ele continua sua carreira assassina usando seus corpos como seus fantoches. E enquanto Brady tá todo trabalhado em ganhar o “troféu” do vilão do ano, Hodges  tenta combater um diferente tipo de perigo. Um “visitante” frequente e desagradável em forma de câncer.

Brady Hartsfield é uma metáfora do medo que está percorrendo as veias do mundo agora, um “vírus de terror” que não pode ser liberado, pois pode desencadear sua destruição sobre aqueles que apenas vivem suas vidas. A qualquer momento. A qualquer lugar. Assim, Hodges e sua equipe de amigos e colegas devem parar Brady de cumprir esse seu sonho assassino.


Os motivos nunca importam, porque o suicídio vai contra todos os instintos humanos, e isso o torna insano.

Então é isso, coleguinhas. Último Turno além de ser um excelente final para esta história contínua de três livros, é também uma história fascinante de assassinato e a luta clássica do bem contra o mal. Aqui o titio King nos deixa com uma conclusão mais realista em termos do que pode ser considerado a vitória, e a perversidade do que todos devemos enfrentar à medida que vivemos nossas vidas com amigos e familiares. É um grande suspense no gênero que o rei é mais conhecido por puxar seus leitores para um mundo cheio de tensão enquanto nos leva a uma jornada de outra experiência mundana.


Título: Último Turno
Título Original: End of Watch
Autor: Stephen King
Série: Trilogia Bill Hodges # 3
ISBN-13: 9788556510181
ISBN-10: 8556510183
Ano: 2016
Páginas: 384
Editora: Suma de Letras
Compre aqui: SubmarinoAmazon
Classificação: 


Sobre o autor: 

Stephen King é um autor de mais de cinquentas livros best-sellers no mundo inteiro. Os mais recentes incluem Revival, Mr. Mercedes, Escuridão total sem estrelas (vencedor dos prêmios Bram Stoker e British Fantasy),Doutor Sono, Joyland, Sob a redoma (que virou uma série de sucesso na TV) e Novembro de 63 (que entrou no TOP 10 dos melhores livros de 2011 na lista de New York Times Book Review e ganhou o Los Angeles Times Book Prize na categoria Terror/Thriller e o Best Hardcover Novel Award da organização International Thriller Witters). Ele mora em Bangor, no Maine, com a esposa, a escritora Tabitha King.

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