... Acho que as coisas serão diferentes, não? Ah, não!
Claro que não.
De fato há algum tempo não posto sob esse título, essa coluna. Houve um período de certa dificuldade para manter as histórias vivas, mas garanto que isso não se repetirá. Será como começar do zero e trazer algo absolutamente novo. Para aqueles que não sabem, aqui serão postadas histórias em capítulos, escritos especialmente para você, para a sua felicidade, e, claro, para dar um pouco de vazão para essa minha cabecinha, que, por vezes, não parece colaborar muito. Tudo depende, não é?
Não é nem um pouco a minha cara fazer as coisas de uma
forma que não seja o meu jeito desagradável, então, queridos, sinto muito, terão
de aguentar determinados textos longos, cheios de ideias, carregados de emoções!
... Certo, talvez um pouco mais leves; tentarei fazer... hum... digamos, um
pouco menos truncado? Talvez seja essa a palavra, mas não tenho certeza.
O que será que posso realmente prometer aqui?
ABSOLUTAMENTE NADA. u.u Patavinas!
Não posso prometer amor eterno a ninguém, coisas lindas e
adoráveis, campos verdejantes, finais felizes e perfeitos, mas posso prometer
muito tempo de distração. Posso prometer uma viagem, posso prometer sonhos;
posso prometer risos, choros, felicidades e desconfortos.
Prometo sentimentos, apenas.
Prometo algo diferente e intenso desta vez; prometo algo
que se manterá ininterrupto, incansável e satisfatório. Prometo dedos e
pensamentos incansáveis, e um retorno sem sumiço.
Não prometo um grande texto de introdução para o dia de hoje, mas isso tem fundamento: esse não é o centro das atenções do dia; não que fosse, de algum modo, anteriormente, mas quero enfatizar, apenas, o texto dessa vez e não as minhas palavras e simples comentários para fazer uma graça. Eu quero mais... quero outra coisa...
Não prometo um grande texto de introdução para o dia de hoje, mas isso tem fundamento: esse não é o centro das atenções do dia; não que fosse, de algum modo, anteriormente, mas quero enfatizar, apenas, o texto dessa vez e não as minhas palavras e simples comentários para fazer uma graça. Eu quero mais... quero outra coisa...
Isso não é uma história de amor; é uma história sobre
amor. Uma história sobre amor, ódio,
conflitos, desesperos, bondade e maldade.
Isso não é... uma história de amor.
Capítulo Primeiro
. + Ragnarok + .
Os olhos azuis miravam o crepitar do fogo na lareira, sem
um piscar sequer, como se a hipnose a tivesse tomado. Ela queria, mas não queria
escrever aquela carta; ela precisava, porém odiava dele se despedir. Na verdade,
aquela não era uma partida, mas, sim, um abandono.
Ela o abandonava, assim como a todos os outros, que
passaram por sua vida.
Era diferente, acreditava. Não; era diferente com toda a
certeza. Havia um grande abismo entre os que haviam passado e aquele homem. Havia
um brilho, havia algo nele que a impulsionava e que trazia um sorriso distinto
aos seus lábios; um sorriso que jamais havia sentido em seu rosto, tamanha a
intensidade.
Os olhos cerraram-se e permitira que a mente vagueasse,
por um instante, apenas, no pensamento sobre ele, no anseio de seu corpo e sua
alma pela proximidade, assim como pela maneira como era mirada – tão ardiloso,
intenso, agressivo – e por ele desejada. E, uma vez mais, aquele sorriso em
seus lábios se abrira, iluminando o seu rosto, juntamente com o ambiente escuro
e frio no qual se encontrava.
As paredes de pedra mostravam-se fortes naquele momento,
brigando com o fogo, que desejava esquentá-la. Verdade fosse dita: não havia
nada que pudesse amornar ou suavizar a dor gélida que lhe consumia o peito. Exausta
e destruída encontrava-se; os olhos injetados, rubros, assim como as faces e o
nariz, tornaram a se abrir e fitar o papel amarelado, a tinta e a pena que dentro
desta se encontrava. Alternava de um a outro, com um suspiro de espaçamento
entre cada mirada, tentando buscar os últimos resquícios de sua coragem...
tentando buscar os últimos resquícios de sua sanidade.
Não havia muito tempo; não havia muito que lhe restasse
para ser honesta com ele.
A mão direita erguera-se. Aquela mesma mão destruída,
esmagada, ensanguentada, de ossos deformados. Não havia mais a beleza de suas
unhas ou a delicadeza de seus movimentos; havia, sim, algo disforme e desnecessário
aos olhos de qualquer criatura; algo medonho e irrelevante. Irrelevante para
outrem, talvez, mas não para ela. Com aquela mesma mão, trêmula, aproximou os
dedos da pena com a ponta enfiada à tinta, fechando-os lenta e dolorosamente ao
seu redor.
Aquele foi o único momento em que verdadeiramente se
permitiu sentir dor. Antes, seus pensamentos afastavam qualquer tipo de
sensação de seu corpo, desde dor até frio; qualquer espécime de desconforto era
afastado, independente de pensamentos agradáveis ou malévolos. Talvez a
letargia da malevolência fosse mais intensa e lhe aprofundasse ainda mais
intensamente na incapacidade de sentir; o próprio impacto, diversas e diversas
vezes, das investidas do bastão sobre sua mão não foram tão efetivos daquela
forma. O afetar advinha da dificuldade que seria escrever, que seria a demora e
o aproximar de sua incapacidade mental.
Ele não escrevia, mas não importava; saberia do que se
tratava, saberia ler. Saberia que ela quem havia mandado. Conhecia a sua
caligrafia, conhecia o modo de expressar, ainda que, com toda a certeza, fosse
sair tão medonho quanto o estado de sua mão.
Sobre a mesa debruçando-se, tornara a mirar o papel. O receio
tomara conta de sua alma por um instante, prontamente se recordando que não havia
tempo hábil para isso. Sem mais delongas, sem mais ponderações, os olhos
cerraram-se em dor profunda, abandonando-se à fraqueza, ao primeiro manear
firme da mão, perpetrando as curvas daquele nome, que tantas vezes balbuciara em baixo tom:
Meu Ragnarok,
Gostaria de dizer que sinto muito. Sinto muito por tê-lo
envolvido em tudo isso; sinto muito por tê-lo submetido à minha alma condenada,
às minhas agressividades e à minha instabilidade.
Gostaria de dizer que há arrependimentos; gostaria de
dizer que não gostaria de tê-lo visto pela primeira vez, gostaria de dizer que
esse teu sorriso não me encantou, mas seria uma mentira. Isso é algo que não posso
pronunciar.
Sou a rainha da maldade, não da mentira, contudo.
Pouco me resta de consciência e bom senso, pouco me resta
de decência nessas mãos arrebentadas, porém me esforço para que estas últimas
palavras lógicas saiam de mim e não se demorem em tuas mãos chegarem.
Agradeço por ter vivido a oportunidade de ser dona de
teus lábios, de tuas mãos firmes, de seu toque, da maneira como minhas pernas o
envolveram e com tanto gosto se encaixou... mas devemos deslembrar um do outro.
Ame a tua mulher e aos teus filhos, e me esqueça. Esqueça-me
para que possa me permitir esquecê-lo.
Esqueça meus gemidos e minhas juras ao seu ouvido; esqueça
o meu rebolar sobre teu corpo, esqueça o suor que por entre os seios me
escorre. Eu o instigo propositalmente uma última vez; sonhe, lembre, sorria e
se esqueça.
Lembre-se, uma última vez, de como me ama e eu lembrarei
de como...
Alexandre domina a minha alma, meus movimentos, minha
dança e meu poder.
O que sinto por você é inexplicável, inominável, doce, mas
para Alexandre devo retornar. Os motivos ainda me são obscuros, entretanto é
uma decisão imutável. Não consigo evitar...
Por você, eu vivo; por Alexandre, eu morro... e sequer me
incomodo por não ter o seu amor.
Ele jamais me olhará como você me olha, jamais me tocará
como você me toca, mas... sou fraca distante dele. Sou estúpida, lenta e
incapaz quando longe dele me encontro. Por quê?
Perguntas e mais perguntas poderão ser feitas, mas
nenhuma terá resposta; não hoje, não amanhã, não desta forma.
Não me procure, não faça loucuras; sabes bem que meu
tempo é diferente do teu; sabes que minha distância é real e meu
desaparecimento é iminente.
Seja forte, bravo e intrépido como sempre fora; encha de
sorrisos e esperanças seus companheiros, rei Ragnar; e eu, de uma maneira ou de
outra, com ou sem pensamentos, com ou sem proximidade, com ou sem consciência,
lançarei todas as minhas energias a teu favor. Não se permita cair, não se
permita perder um grande reinado.
És único, perfeito e brilhante... assim como teus majestosos
olhos azuis.
Com todo o meu carinho para sempre, e sempre, e sempre, e
sempre,
E.I.
Ela voltooouuuuu!!! E com um beeeelo macho!!!! *_____*
ResponderExcluirNossaaaa... O que dizer depois desse capítulo?! simplesmente adorei, me deixou na curiosidade, me deixou querendo mais. No começo fiquei um pouco confusa mas depois foi clareando os pensamentos e foi me envolvendo de uma tal forma, que fiquei tipo assim, EU PRECISO LER MAIS kkk já estou aguardando os próximos capítulos. Simplesmente um começo arrasador, que deixa com gostinho de quero mais. Eu adorei, voltou em grande estilo! bjs
ResponderExcluirEu tendo a fazer coisas um pouco confusas inicialmente, Bruna, e pode ser que aconteça novamente e novamente. Hahaha. Prometo, de toda a forma, que tentarei me fazer entender, ao menos no final.
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado! ^.^
O próximo logo virá!
Desde q eu entenda pelo menos um pouquinho, já está bom. Kkk pode deixar que estou aguardando o próximo! Bjs
ExcluirÉ sério isso??? Daqui a quantos minutos você vai postar o próximo?
ResponderExcluirNão sirvo pra esse negócio de doses homeopáticas, gente. É muita ansiedade. Preciso saber tudo de uma vez!! Quem é Alexandre? Cadê Ragnarok lendo isso e quebrando tudo no Caldeirão? Cadê o tempo deles juntos e depois separados?
Volte logo, por favor!! rsrs
Você me daria a honra de uma semana? Hahaha.
ExcluirMari, pretendo postar toda a semana, às quintas-feiras; espero que o tempo me ajude para tal, mas é verdadeiramente um prazer voltar a escrever.
Acalme-se, pois a história começará a se abrir... Sei que não fui muito legal jogando essa bomba logo de primeira, mas acho que valeu a pena! Hahaha.
Nossa,parabénssss você escreve super bem!!! Sabe passar emoção ao leitor e mesmo nesse breve texto,fazer com que a gente se envolva com os persongens e sinta a intensidade das emoções!
ResponderExcluirHumm,uma amante de um rei casado e com filhos...nossa,só polêmica o negócio,um amor complicado mesmo...vamos aguardar!! Gostei que você foi bem descritiva em algumas partes mais sem exageros.
Bjs
Agradeço muito, viu?
ExcluirGaranto que a complicação da história não é apenas amorosa, mas vamos começar devagar, senão o coração não aguenta! XD
Ah Bell, que lindeza !!!!
ResponderExcluirAgora vc deixou todas nós com gostinho de quero mais !!!! A pergunta que não quer calar: Qdo teremos mais ????
Em uma semana, Fran! Quinta-feira que vem já postarei o próximo capítulo, sem falta. :3
ExcluirObaaaaaaaaaaaa !!!!
ExcluirOiiee,
ResponderExcluirAmei, e olha que isso é só o primeiro capitulo né, estou louca para ler mais, e realmente escrever ajuda muito, as vezes fico com tantas coisas na cabeça que só alivia quando começo a escrever.
Beijos *-*
Escrever é bom, porque liberta os nossos demônios. Nada é proibido nesse monte de frases! Hahaha.
ExcluirAhhhh Sunshine <3
ResponderExcluirEu já havia falado, o quanto gosto das suas histórias e o quanto és talentosa, tanto na criação quanto na narrativa. Aí vem você e manda essa! Hahahaha cara...A parada ficou totalmente instigante e viciante, tu manda um pequena parte e deixa a gente querendo mais e mais.
Muito bom! Parabéns Sunshine... <3
Beijo grande!!