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:: Resenha 104 :: "A Coleira", Nana Pauvolih


Sinopse: O que você faria se pudesse salvar as empresas de sua família da falência? Aceitaria a proposta de ir para a cama de um homem rico, frio, lindo, que mexeu com você desde que a fitou pela primeira vez? A jovem Lorenza tinha apenas dezessete anos quando conheceu Miguel Montês. Mas nunca o esqueceu. Em meio a acordos desonestos e fuga, ela acabou parando na cama dele seis anos depois, obrigada a usar uma coleira e ser prisioneira de um homem que queria cobrar velhas dívidas do passado. De uma louca e intensa atração, permeada por dramas e cenas altamente sensuais, Lorenza vai descobrir o amor de uma forma única, densa, voraz.

Esse é um livro - e consequentemente, essa é uma resenha - que não vai agradar a todos. Nem eu, que curto uma zuera, uma malemolência – como diz a Ana – curti tanto assim, tanto que dei só 3 estrelas no Skoob. Mas esse é um livro que a minha mãe já tinha comprado tem um tempo, ele é fininho com suas 200 páginas, e que eu tinha certa curiosidade por conta do título, fora que eu peguei enquanto lia um livro que não me prendia há dias, então foi aquela coisa de pegar pra ver se a zuerinha me dava um up.

Ele conta a história de Lorenza, que aos 17 anos conhece o belo e sedutor Miguel Montês, quando a empresa de seu pai passa por dificuldades, ficando à beira da falência. Miguel que é um empresário rico, decide ajudar o pai de Lorenza e em troca pede algo que surpreende a todos: a própria Lorenza.

Achando aquilo tudo um absurdo, o pai dela finge aceitar a ajuda, pega o dinheiro e foge do Brasil levando a filha, pois que pai daria a filha não é mesmo?

Passados seis anos, Lorenza resolve sair de Portugal e voltar para o Brasil depois da morte de seu pai. Esse tempo todo, Miguel acreditou que assim como seu pai, Lorenza também lhe deu o golpe, e por todo esse tempo ele cultivou um enorme desejo de vingança, misturado com a atração que sentiu ao ver aquela menina de 16 anos, anos atrás.

Ao chegar ao Brasil, ela cai na armadilha de Miguel. Ela vai direto pra casa de sua família onde pensa que sua prima está morando, mas na verdade quem está em posse da casa é Miguel. Seguindo seu plano de vingança, ele a mantém presa na casa, usando uma coleira, submetendo-a aos seus desejos como uma escrava. (As subs do mundo BDSM piram! Hahaha)

- Droga, o que você vai fazer? - Não aguentava aquela brincadeira de gato e rato.
- Vou fazer o que eu quiser. O que eu imaginei durante todo  esse tempo. E você, Lorenza, vai me pagar bem caro por todo trabalho que me deu.
- Isso é crime. Não pode me manter presa aqui!
- E quem vai saber? Você acabou de descer de um avião. Ninguém sabe que está aqui. Ninguém a esperava ou vai sentir a sua falta.

Aí nessa parte, quando ela volta, é que dá certa raiva e é algo que muita gente reclama das mocinhas nos livros eróticos atuais. Porque assim, lá com 17 anos, Lorenza sentiu uma baita atração por Miguel quando eles se viram a primeira e única vez. Então agora, quando ele a mantém acorrentada, presa pela coleira dentro de casa, completamente submetida a ele, ela fica naquela guerra interna. Assim como ele, ela também não o esqueceu, óbvio, e hoje, uma mulher feita, ela sente desejo por ele, um desejo super intenso. Então ora ela está revoltada por estar presa naquela casa sem poder sair, conversar, enfim, viver; ora ela se vê louca por ele, desejando ele e desejando todas as sacanagens que ele faz com ela.

Eu não sei dizer de quem eu senti mais raiva. Dela por em um momento ficar uma fera pelo absurdo de ser mantida presa e acorrentada, ou dele, por ser um estúpido grosseiro que só quer... vocês sabem. U.u

Claro que pra completar a trama, Miguel é aquele cara perturbado, ele não é sério e estúpido de graça. Mais pra frente, no livro, nós vamos entender o que aconteceu em seu passado que o deixou desse jeito e o assunto abordado, o incesto, apesar de ser nojento e monstruoso, é muito bem abordado, mesmo que rapidamente, já que o livro é bem pequeno. É chocante e triste saber que esse tipo de coisa acontece realmente.

Mesmo agora, que não havia mais aquela agressividade do início, ele não era delicado ou manso. Continuava a me dominar na cama, me pegava duramente, me obrigava a fazer o que ele queria, como se fosse o meu dono, meu senhor. Era dominante e feroz na cama, era pornográfico, mas tudo aquilo me dava um prazer extremo, alucinante. Eu estava completa e irremediavelmente apaixonada por ele.

Voltando ao que eu falava lá no início, A Coleira é um livro bom e só, não é excepcional nem nada. É uma história rápida para aquela leitura despretensiosa pra quem gosta de livros eróticos e pronto.

Se você ficou curiosa(o) em saber se ele a libertou e o fim que os dois tiveram e gostar desse gênero, leia, ele não vai tomar muito do seu tempo e você matará sua curiosidade. Vale lembrar que a narrativa simples de Nana, acredito eu, se dê pelo fato deste ter sido o seu primeiro livro. Mas vale lembrar também que eu ainda não li os seus outros trabalhos tais como A Redenção de um Cafajeste e A Redenção de um Submisso, apesar de falarem muito bem - tanto minha mãe, quando a Grazi e uma outra amiga minha leram e adoraram.

Título: A Coleira
Autora: Nana Pauvolih
ISBN-13: 9788582732434
ISBN-10: 8582732430
Ano: 2013
Páginas: 200
Compre aqui: Fale com a autora
Classificação: 

Comentários

  1. Por coincidência, dois dias atras eu estava dando uma olhada nos livros no kindle e vi esse livro, mas nem li a sinopse, apesar da capa ter me chamado a atenção. Lendo a resenha (parabéns Bia,como sempre está ótima), fiquei interessada, Essa historia me parece ser um pouco clichê, mas até gosto de historias assim, odeio me surpreender com mortes e separações no final do livro rs. Vou dar um jeitinho de intercalar esse livro com outra leitura rs.

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    1. Acho que você vai gostar sim, Marina, leia e depois diga o que achou. ;)

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  2. Gostei do título do livro, gostei mais que a capa até. Lendo a sinopse fiquei meio revoltada kkk como assim? ele deixa ela presa em uma coleira? acho que não entendi direito... a sinopse e a resenha me deixaram super curiosa, muito curiosa mesmo! kkkk Vou comprar para ler o mais rápido possível. Já ouvi falar ótimos comentários sobre A Redenção de um Cafajeste e A Redenção de um Submisso, inclusive esses livros estão até na minha lista de compras. Nunca li nenhum dos livros dela, mas toda vez q leio a sinopse de seus livros, fico super curiosa. Espero que eu não me decepcione, pois estou super confiante que os livos serão tão bom quanto parece. Adorei a resenha, bjs!

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    1. Pois é, menina! Hahahahah! Quando eu li o título e vi a capa, eu pensei que teria mais sobre o mundo BDSM, mas não é tanto assim, apesar do personagem ser dominante e tal. Leia e depois diga o que achou. :) Bjo

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    2. Bruna, viu a classificação?! esse livro é para maiores de 18. sai fora! huahuahuauahuahuuahuauahu

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    3. Ana, não vi. Obg pela informação! kkkkkkkkkkkkkkk

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  3. Pode deixar, vou ler e volto pra falar o que eu achei!

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  4. Estou eu no meu ônibus, voltado para casa, mais morta que galinha de despacho quando o ônibus logo a frente do meu tem uma propaganda de um livro da Nana Pauvolih! Eu acho que era o Redenção de um Cafajeste, e eu fiquei chocada porque nunca vi nada disso aqui... desde então, estou louca para ler algo dela! Agora vem a dúvida, porque essas mocinhas com drama internos não é comigo, mas se a trama for boa, eu encaro... Bia você me deixou na dúvida! #Help

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    1. Hahaha ele é tão curtinho que talvez dê pra vc encarar, ué.

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  5. Bem Bianca, confesso que este gênero não me agrada muito. Gostei da resenha, mas os atos de Miguel de manter Lorenza em uma coleira e refém em sua casa não foi lá uma das melhores, né? Não gosto de personagens assim, mesmo que tudo que ele tenha feito foi por algum motivo.
    Sei que para aqueles que gostam de uma história mais quente, este é um prato cheio, principalmente por ser bem curtinha.
    Bjs!

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  6. A capa é linda, sem mais, já a sinopse não me parece muito promissora. A resenha me deixou mais interessada, mas também não me fez ter vontade de ler, achei a história meio rasa. Me lembrou 50 tons de cinza, que também não me chamou atenção.

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  7. Não me vejo muito interessado por livros com essa temática haha, porém fiquei curioso com o final do livro. Como é curtinho muitos que gostam do do gênero podem aproveitar. Achei a capa meia sem criatividade haha mas entendo que foi algo direto e óbvio. Lembrei de 50 tons de cinza com a resenha!

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