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:: Resenha 99 :: O Rei de Amarelo, Robert W. Chambers

Sinopse: Obra-prima de Robert W. Chambers, O Rei de Amarelo é uma coletânea de contos de terror fantástico publicada originalmente em 1895 e considerada um marco do gênero. Influenciou diversas gerações de escritores, de H. P. Lovecraft a Neil Gaiman, Stephen King e, mais recentemente, o escritor, produtor e roteirista Nic Pizzolatto, criador da série investigativa True Detective, exibida pela HBO, cujo mistério central faz referência ao obscuro Rei de Amarelo.
O título da coletânea faz alusão a um livro dentro do livro - mais precisamente, a uma peça teatral fictícia - e a seu personagem central, uma figura sobrenatural cuja existência extrapola as páginas.
A peça O Rei de Amarelo é mencionada em quatro dos contos, mas pouco se conhece de seu conteúdo. É certo apenas que o texto, em dois atos, leva o leitor à loucura, condenando sua alma à perdição. Um risco a que alguns aceitam se submeter, dado o caráter único da obra, um misto irresistível de beleza e decadência.
A edição de O Rei de Amarelo trazida ao Brasil pela Intrínseca reúne, além dos contos do Rei, seis outros que alternam entre o sobrenatural e a realidade, em épocas e geografias diferentes. A introdução e as notas do jornalista e escritor Carlos Orsi, um dos autores publicados na antologia americana Rehearsals of Oblivion, clássico tributo a Robert W. Chambers, ajudarão novos leitores a mergulhar na bem construída mitologia do autor.

Sabe aquele livro que você sempre vê pra vender na internet e a capa te chama atenção todas as vezes, mas você não se dá ao trabalho nem de ler a sinopse porque o preço não está tão em conta assim e você tem outros livros na sua lista de prioridades?? Então, comigo foi assim. Até que em um belo dia, ele estava tipo R$7,80 e aí eu pensei: ”Peraê! Tá muito barato! Bora ler a sinopse!”. E aí eu descobri exatamente isso que está escrito aí em cima.


O pouco que vocês me conhecem, adivinhem minha reação?!



Pirei na batatinha, desci do salto, dei estrelinhas pela casa e é obvio comprei. Super feliz, anunciei aos quatro cantos que tinha comprado um livro de um autor que foi inspiração para o meu Amado Mestre, entre outros do terror, e quando recebi, não desgrudava dele. Durante os quase 30 dias que levei para ler ele. Não, ele não tem mais de 1000 paginas... Ele tem 254...

“Ne raillons pas les fous; leur folie dure plus longtemps que la nôtre...Voilá tout ela différence! Não zombemos dos loucos; sua insanidade dura mais tempo que a nossa...Eis aí toda a diferença”

Bem, vamos à história, e aí vocês vão entender um pouquinho do que aconteceu comigo. 
O Livro contém 10 contos. Desses 10 contos, 4 são interligados pelo fato de haver essa peça fictícia envolvida. Peça essa intitulada de O Rei de Amarelo. Ao que parece, quem lê dessa peça, acaba se tornando louco, perdendo sua sanidade.

Os demais contos são sem ligação alguma, por mais que sempre, Carlos Orsi, responsável pela revisão comentada do livro, cisme que há uma ligação ou outra com O Rei de Amarelo. Como se fosse uma teoria da conspiração ou mensagens subliminares entende? Inclusive, o fato desta edição ser diferenciada e revisada com comentários, fez com que o livro se torne repleto de notas de rodapé. Fica até chato, toda hora ter que ficar checando as notas ao final de cada conto.

Abri o livro e comecei a ler... Os três primeiros contos quase me mataram de tédio. Mais uma vez me senti meio burra por não estar compreendendo um monte de coisas... Os contos são todos ambientados no Quartier Latin, em Paris, por volta de 1800, em diferentes décadas desse século, contando a vida de jovens aspirantes a pintores, boêmios, de forma natural, como se nós soubéssemos bem como é ser assim... Fossemos super acostumados a sua forma de falar de agir e tudo mais.

“Já falávamos havia algum tempo em um esforço monótono e apático quando percebi que estávamos discutindo O Rei de Amarelo. Ah, o pecado de escrever tais palavras, palavras claras como cristal, límpidas e musicais como fontes borbulhantes, palavras que cintilam e reluzem como os diamantes envenenados dos Médici! Ah, a maldade, a danação sem esperança de uma alma capaz de fascinar e paralisar criaturas humanas com tais palavras, palavras compreendidas igualmente por ignorantes e sábios, palavras mais preciosas que joias, mais tranquilizadoras que música, mais horríveis que a morte!”

Entendo que o livro foi escrito há muitos anos e por isso, com um estilo diferente, e eu não tenha conseguido me adequar. Paciência! Mas não foi de um todo ruim. Teve um conto que eu adorei, chamado O Emblema Amarelo. Esse conto, de todos, foi o mais fácil de entender, menos complexo. Por coincidência, descobri que este conto é considerado o melhor conto neste livro.

Aí fica a pergunta: Será que este conto é considerado o melhor por ser de melhor compreensão? O mais fácil de entender? Espero que as respostas para essas perguntas sejam sim, porque assim me sentirei menos burrinha! :D


Acho que essa resenha teria sido muito mais positiva se fossem Grazi ou Bell as leitoras. Grazi tem um olhar diferente sobre as coisas e Bell é inteligente demais! Na verdade acho que ela teria lido esse livro e achado algo do tipo: “Ah! Isso?! Fala sério, como todos os dias no café da manhã! Banal demais. PRÓXIMO!!!!” Huauhaahua!

Os contos deveriam ser todos de terror, mas não são. Do meio para o final a coisa se torna mais romântica e lírica. Meio decepcionante, mas também vamos lá né gente?! Não dá pra se ter somente ótimas leituras na vida! Infelizmente eu não curti. Na verdade me decepcionei por esperar demais dele... Mas passa!

Só a título de informação, lembra no inicio da resenha que eu disse que fiquei grudada nele?! Então, logo no inicio, entre os três primeiros contos, os mais enfadonhos, em minha opinião, acabei esquecendo ele na sala de aula e fui embora. Quando cheguei perto do ponto de ônibus, após uns bons 30 minutos de caminhada, percebo a ausência do livro. Voltei descabeladamente para a faculdade, com medo de já ter fechado, de terem levado meu precioso... Foram minutos aterrorizantes! O livro pode ser chato, mas é meu livro e eu vou ama-lo mesmo assim!!

Quando cheguei lá, adivinhem?!
Meu precioso estava lá!
Fiquei tão feliz!!!!
E desde então fiquei grudada nele, todos esses dias, tentando terminar de ler, mas sem esquecer meu precioso em lugar algum...


Título: O Rei Amarelo
Título Original: The King in Yellow and Other Horror Stories
Autor: Robert W. Chambers
ISBN-13: 9788580575132
ISBN-10: 8580575133
Ano: 2014 

Páginas: 256
Editora: Intrínseca

Compre aqui: Amazon
Classificação:


Comentários

  1. A capa chama atenção mesmo, pena que não rolou. o.o

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  2. Eu já vi muito esse livro mas nunca parei para ser a sinopse.
    Depois de ler a sua resenha fiquei na duvida se leria esse livro ou não. Eu gosto de livros que trazem contos de terror mas esse livro me pareceu meio chato, cansativo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. chato e cansativo?S YES! Ao menos pra mim... mas vai lá! tenta! :)

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  3. Apesar de gostar de livros de contos não sei se leria este, achei a capa linda, mas o livro não me chamou a atenção.
    Bjs!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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