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Entrevista: Carolina Matsuo



Oi, pessoal! Tudo bom com vocês?

Mês passado, na resenha de O Sumiço de Beatriz, eu contei pra vocês que fizemos parceria com a autora Carolina Matsuo, vocês se lembram?

Então, hoje eu trago uma entrevista bem bacana que fizemos com ela, onde ela conta um pouquinho do seu trabalho, dos seus gostos e como foi escrever a história de Beatriz.

Vamos conferir? Continue lendo!


Carolina Matsuo nasceu na cidade de Mogi das Cruzes – SP no dia 29 de Agosto. Formada em engenharia mecânica com mestrado em aerodinâmica e projeto de aeronave não tripulada, mora atualmente em São Paulo e possui uma gata, Deb. Gosta de ler vários tipos de gêneros, mas o que lhe agrada é ficção que tenha uma mistura com a realidade. Desde criança adorava ler as "estórias" de Marcos Rey e tinha uma mania de escrever todos os domingos, e foi em um desses domingos que a personagem Beatriz foi criada, junto com a primeira estória "O Sumiço de Beatriz". Anos depois, decidiu escrever um livro com o intuito de incentivar a leitura ou resgatá-la em muitos jovens adultos e adultos que estavam perdendo o hábito de ler. Então, utilizou as características da personagem criada quando criança, para escrever uma nova história "O Sumiço de Beatriz". Com enredo e cenário bastante diferentes daqueles criados naquela época. O que se encontrará atualmente é uma trama de conspiração, com espionagem, perseguição, com alguns elementos baseados eventos reais e tudo isso misturado com ficção científica, mistério e um toque de romance, de maneira que envolvesse o leitor em cada capítulo.


Você criou a personagem Beatriz quando tinha somente 11 anos de idade. Só depois reescreveu sua história e fez a personagem que até então era uma estilista e especialista em maquiagens, se juntar a organizações perigosas numa trama eletrizante, como por exemplo, as FARC. Conta pra gente, de onde veio a ideia para O Sumiço de Beatriz? Quando você começou a escrevê-lo você já tinha o final em mente ou tudo foi surgindo enquanto você escrevia?
Primeiramente, gostaria de agradecer a Bia pela parceria e por esta entrevista, além de parabenizá-la pelo trabalho que faz no blog em abrir um espaço para autores nacionais.
A reescrita d’O Sumiço de Beatriz se deu em 2012 para 2013 na época em que se estourou na mídia o desvio de bilhões da Petrobrás. Mas a inspiração não veio só disso, os conflitos internacionais no Oriente Médio, acordos entre os países vizinhos do Brasil e a tensão da FARC e a intervensão norte-americana são pontos que influenciaram no desenvolvimento da história.
Considero O Sumiço de Beatriz um quebra-cabeça. Antes de começar a escrever, eu já sabia como seria o final, o que deveria acontecer e em quais momentos cada personagem deveria entrar em cena.

Você tem algum ritual pra escrever? É daquelas pessoas que só funciona em um determinado horário e quando pinta uma ideia sai correndo para anotar? Quanto tempo você levou pra escrever O Sumiço de Beatriz? Foi preciso muita pesquisa para desenvolver o que você queria?
O Sumiço de Beatriz foi escrito em torno de um ano e meio, incluindo toda a pesquisa que fiz, tipos de armas, religiões, acordos internacionais em épocas diferentes do nosso governo, etc, e o tempo para se arquitetar a trama. Não possuo nenhum ritual para escrever, mas prefiro lugares silenciosos.

Muitos autores e principalmente os fãs gostam de visualizar os personagens. Quem você imagina que poderia interpretar Beatriz e Tomaz? Rsrs
As pessoas costumam fazer essa pergunta para mim. No entanto, eu acho que esse tipo de associação pode limitar a imaginação do leitor. Eu descrevi as características de alguns personagens e gosto de deixar os leitores imaginarem como eles são à partir da interpretação que fazem durante a leitura. Vou citar uma situação. Eu descrevo Tomaz, “com cabelos castanhos curtos cacheados e dono de um belo par de olhos verdes”. Uma amiga minha, depois de ter lido o livro, ela descreveu como ela via o Tomaz citando um ator que tinha cabelos de comprimento médio preto, olhos escuros e com pele bronzeada. Achei muito interessante.
Como muitas pessoas fazem essa pergunta, direi apenas uma representação da relação personagem - ator somente de alguns personagens, ao meu ver, mas gostaria que não se limitassem a isso.
Christian (Colin Farrel), André (Ryan Gosling), Tomaz (Paulo Rocha) e Luciana (Anna Faris)

Além da ficção com fatos reais, qual outro gênero você escreveria? E quais são os seus autores e gêneros literários preferidos?
Se uma história me entreter, ao ponto de eu não largar o livro e me comover, não importa o gênero e nem o autor, por isso não tenho um preferido. Existem livros que eu gostei e que não gostei do mesmo autor.
Ainda não tenho certeza de qual gênero eu escreveria.

Você agora é uma escritora, sendo formada em engenharia mecânica com mestrado em aerodinâmica e projeto de aeronave não tripulada. Quando você viu que podia escrever a sua própria história? Qual foi o primeiro livro que você leu e que te fez pensar “Eu posso fazer isso, eu posso escrever o meu próprio livro”?
Não me lembro se teve algum livro que me fez ter vontade de escrever o meu próprio. Quando criança eu gostava de escrever minhas “estorinhas” e brincava que aquilo era o meu livro. Mas somente em 2012 que, de fato, eu resolvi escrever um livro para publicação.

Você está trabalhando em algum livro? Pode contar um pouquinho sobre ele?
No momento estou me dedicando a outro projeto que não é um livro.

O que mudou na sua vida depois de O Sumiço de Beatriz?
Ganhei muito conhecimento e experiência de algo que não era da minha área de atuação, e ao mesmo tempo foi um grande desafio. Algumas pessoas que me conhecem se surpreenderam por ter escrito, em minha primeira obra, um livro com tantas páginas e não um conto ou algo menor, por exemplo.
Há a possibilidade de uma continuação? Você já pensou em contar como a vida de Tomaz e Beatriz seguiu ou você não vê necessidade?
Sim, há a possibilidade, mas não há necessidade. O Sumiço de Beatriz termina com todas as questões resolvidas. No entanto, como eu exploro um cenário com algumas intrigas internacionais e outras situações, eu já pensei em fazer uma história abordando outro assunto e utilizando os mesmos personagens.

Pingue-pongue:
Um livro: O Vingador   - Frederick Forsyth
Uma palavra: conhecimento
Um sentimento: amizade
Um lugar: que seja bem alto onde se possa ter uma visão do céu e de tudo que está em baixo.
Uma frase: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” Nelson Mandela
Uma comida: todas que sejam bem feitas
Um filme: De volta para o futuro
Carolina Matsuo: persistente

Por fim, obrigada pela parceria tão bacana e deixe um recadinho para os seus fãs e leitores do blog. ^^
Desejo que “O Sumiço de Beatriz” deixe os leitores incentivados a ler cada vez mais, e para aqueles que ainda não tem esse hábito, então que esse seja o começo! 


E aí, curtiram?? Os links e o contato da autora vocês encontram na página Parceiros ali no menu do blog.
Beijos!

Comentários

  1. Muito bom conhecer (mesmo que seja um pouquinho) dos nossos autores nacionais!! ^_^

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  2. É muito legal saber que a autora criou o personagem com 11 anos. Hoje em dia se torna ate recorrente sabermos que os autores começaram tão cedo a imaginar as historias de seus livros.
    Boa entrevista, Parabéns!

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