Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou
prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a
servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças
de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do
destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a
toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria
possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados,
as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará
príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração.
A Rainha Vermelha é o primeiro volume da trilogia “Red
Queen”, distopia de estreia da autora norte-americana Victoria Aveyard. Aclamado pelas críticas americanas, A Rainha
Vermelha rapidamente chegou ao topo das listas de mais vendidos chegando a
primeiro lugar na lista do New York Times. Já foi traduzido para 18 países e a
Universal já adquiriu os direitos de adaptação do livro para o cinema, o
roteiro está a cargo de Gennifer Hutchison (Breaking Bad).
O livro conta a história de Mare Barrow, uma vermelha que mora no vilarejo de Palafitas e do seu mundo que é dividido pela cor do sangue: vermelho ou prateado. O ano é 320 da Nova Era e o mundo é governado pelos Prateados, uma elite que possui diferenciados poderes e essa diferença entre os sangues é gritante. Os vermelhos têm uma realidade dura, guiada pela miséria e total servidão aos prateados.
Obrigados a lutarem em uma guerra que não é deles, o povo de Norta não conhece a paz, com uma monarquia prateada que dita as leis a seu bel-prazer, mandando e desmandando, eles não têm muitas escolhas. E Mare está cansada de ver seu povo trabalhar para sustentar essa elite, sabendo que os prateados são os únicos beneficiários do conforto da capital, aproveitando-se dos recursos gerados pelo trabalho vermelho e raramente dando as caras na linha de combate. Uma guerra que os prateados empreendem contra os reinos vizinhos há muitos anos.
Prestes a completar a maioridade e sem emprego, Mare vê seu
"destino" chegar mais rápido. Ser enviada ao front não é tão fácil
de aceitar, ainda mais sabendo que a chance de sair dali é mínima. Ao completar
18 anos, os jovens que não tiverem um emprego são mandados para a guerra, seja
menino ou menina, e Mare é a quarta de cinco irmãos. Seus três irmãos mais
velhos já foram enviados à guerra e a mais nova, Gisa, é única a que tem um
emprego como aprendiz de costureira no castelo. Ao contrário de sua irmã, Mare
nunca foi muito boa na escola e não se encaixava em nenhuma função de aprendiz
que a livrasse da vida militar. Não teve muita sorte no quesito de ter uma utilidade
naquela sociedade e o fato de seus irmãos não estarem mais em casa para ajudar
de alguma forma, pois só orçamento da Gisa não dá para nada, ela se sente na
obrigação de roubar para alimentar a sua família, mesmo sabendo que é
arriscado, pois as leis dos prateados contra ladrões também são rigorosas
chegando a alguns casos à morte,
O livro tem a capacidade de te prender do começo ao fim. Quando você conhece o mundo de Mare, você consegue ver o quanto a personagem é
forte, decidida e totalmente leal, ainda mais quando luta para salvar seu amigo
de infância, Kilorn, que acaba perdendo
seu cargo como aprendiz e será selecionado em alguns dias para a linha de
frente da guerra.
Uma das grandes emoções é quando a vida de Mare muda
completamente, após conhecer um jovem misterioso em um encontro casual. Mare
logo se vê com um emprego, como criada, no palácio de verão do rei. E logo no
primeiro dia ela tem que trabalhar na Prova Real, evento em que jovens
prateadas representantes das Grandes Casas nobres demonstram seus poderes para
serem escolhidas como a próxima princesa.
Você até pode achar que essa parte que contei, lembra um
pouco o livro A Seleção da Kiera Cass, mas a diferença você logo vê na hora, a trama é totalmente diferente. No meio do evento, porém, Mare sofre um
acidente e o que a salva é um poder que jamais imaginou possuir, afinal seu
sangue é vermelho.
Para ocultar essa impossibilidade, o rei a obriga a
assumir o papel de uma nobre prateada de uma Casa extinta. Se antes ela era
presa à sua condição miserável, agora Mare está atada às intrigas da realeza e
vai conhecer os dois príncipes, cujas personalidades não poderiam ser mais
diferentes. Um é o herdeiro perfeito, decidido e comprometido com suas
obrigações; o outro sempre fica nas sombras, tímido e reservado. Mas, como
todos ali, os dois jovens escondem seus próprios segredos. Em paralelo a essa
reviravolta na vida de Mare, uma revolução está se formando. A Guarda
Escarlate, um grupo rebelde liderado por Farley que buscam por liberdade e
igualdade. Os vermelhos vão lutar por si mesmos, em busca de uma vida melhor.
“Viraram-me do avesso, trocaram Mare por Mareena, a ladra pela coroa, trapos pela seda, vermelho por prateado. Esta manhã eu era uma criada; à noite, sou princesa.” – p. 115
"Nos contos de fadas, a garota pobre sorri ao se tornar princesa. No momento, não sei se voltarei a sorrir algum dia." (p.125)
A Rainha vermelha é uma distopia de ritmo elétrico, capaz de tirar seu fôlego com as reviravoltas, as traições e os perigos. A narrativa da autora é perfeita, fluída e seus personagens chegam a ser quase reais. Mare é guerreira, mas está longe de ser perfeita. Disposta a tudo por aqueles que ama, muitas vezes ela mente e trai. Mesmo sabendo que há consequências de suas ações, Mare está disposta a sofrer pelo bem de todos. E essa capacidade do livro em surpreender o leitor, fazendo-o achar que é uma coisa e logo depois, esfregar na sua cara que você esteve enganado e que não pode confiar em nada e ninguém, é sensacional!
Fiquei bastante empolgada com a intensidade da trama e
devorei o livro. É difícil não se emocionar com o mundo da Mare, a narração é
em primeira pessoa, o que torna tudo mais real quando bem escrita e a autora Victoria
Aveyard acerta em cheio, me surpreendendo com o seu talento em criar
personagens incríveis.
Até o triangulo amoroso é no ponto, mesmo o romance não
sendo o foco desse primeiro livro, não tem como você não se apaixonar em certos
momentos.
A Rainha Vermelha é sem dúvida, uma distopia incrível com
uma história que faz o leitor refletir muito sobre desigualdade, preconceito e
opressão.
"Os agentes de segurança são prateados, e os prateados não têm nada a temer de nós, vermelhos. Todo mundo sabe disso. Não somos iguais, embora talvez não dê para perceber só de olhar. A única coisa que nos diferencia - ao menos por fora - é que os prateados andam eretos. Já nossas costas são curvadas pelo trabalho, pela esperança frustrada e pela inevitável desilusão com o nosso fardo de vida". (p. 9)
Então é isso, A Rainha Vermelha é surpreendente, intrigante,
incrível e envolvente. Já entrou para os meus favoritos e recomendo com certeza. Estou ansiosíssima para a
continuação dessa trilogia e amei a capa metalizada e os detalhes da
diagramação do livro, a editora Seguinte está de parabéns.
Título: A Rainha Vermelha
Título Original: Red Queen
Autora: Victoria Aveyard
Gênero: Distopia/YA
ISBN-13: 9788565765695
ISBN-10: 8565765695
Ano: 2015
ISBN-10: 8565765695
Ano: 2015
Eu queroooo, fora essa capa linda eu agora me achei na distopia! XD
ResponderExcluirCurti a resenha, parece ser um livro bem interessante !!! Vou colocar na minha lista :D
ResponderExcluirEssa capa é linda, e o marcador vir junto é ótimo. Assim temos certeza que vamos ter o marcador do livro que compramos.
ResponderExcluirEstou animada por mais uma distopia, adorei a premissa.
Só não vou ler agora porque odeio ficar esperando o lançamento da continuação.
Eu nunca fui muito fã desse gênero, mas depois de ler algumas trilogias acabei mudando de opinião. Realmente lendo a primeira parte da resenha, não tem como não pensar na serie A Seleção (que amooooo). A capa desse livro é super linda, e a historia parece ser daquelas que te prende do inicio ao fim, rs. Com certeza esse livro vai pra lista de leitura.
ResponderExcluirParabéns Graziela pela resenha.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPuxa vida!
ResponderExcluirEstava curioso pra ler esse livro, faz tempo que não leio um bom e velho livro, e agora indicado por você não resta mais dúvidas.
Encomendando já!!!
Muito obrigado pela indicação, tudo de bom, sempre...abs.
Graziiii!!! eu quero!!! <3
ResponderExcluirAchei bom em saber que o foco não é o romance, mas que mesmo assim ainda tem uma triangulo amoroso, acho que esse livro será muito bom e tambem já esta entre os meus desejados, acho essa capa linda, mas a do segundo livro é ainda mais. Muito obrigado pela dica.
ResponderExcluirLendo de inicio parece com A SELEÇÃO, mas como vc disse,da pra ver que Mare e forte.Me diz que ela não é rainha do mimimi?parece ser interessante.
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