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:: Resenha 288 :: "O Diário de Bridget Jones", Helen Fielding


Sinopse: Bridget Jones já é uma personagem querida por milhões de leitores. Seja pelas desventuras amorosas ou pelos problemas com os pais, é muito fácil se identificar (e se encantar) com a protagonista criada por Helen Fielding. Nesta nova edição comemorativa dos vintes anos de lançamento do primeiro livro os fãs antigos terão a chance de reencontra-lá, e os novos leitores descobrirão uma paixão por este clássico!

Existem personagens que são eternizados na nossa memória comum. Você pode até nunca ter lido o livro onde ele aparece, mas se alguém te falar o nome você vai ter, pelo menos, uma figura mental dele. Se eu te falar Bridget Jones, você vai fazer uma imagem mental, especialmente se você já passou dos 25/30 anos e já viu o filme de 2001 (reprisado muitas e muitas vezes depois) com Renée Zellweger, Colin Firth e Hugh Grant. Ou pelo menos deve lembrar da cena dela vestida de coelhinha chegando na festa errada (pois é, essa cena não é de Legalmente Loira!). Bridget se tornou um ícone dos anos 2000 representando a mulher solteira modernar que já passou dos 30 e que está em busca do amor, mas sempre acaba batendo primeiro em todos os lugares errados possíveis antes de finalmente acertar e encontrar o seu cara perfeito, mas faltava na minha vida ler esse clássico... não falta mais!


Antes de mais nada eu vou avisar que escolhi fazer essa resenha pensando nas leitoras que nunca leram ou assistiram O Diário de Bridget Jones, ou seja, eu vou tomar a tarefa de te apresentar essa personagem, seus amigos e amores, e recomendo que leiam esse livro e assistam ao filme (coisa que devo fazer hoje ou amanhã), pois eu tenho certeza de que vocês vão gostar muito dessa personagem maluquinha!

"Às vezes é preciso mergulhar numa profunda intoxicação alimentar para depois ressurgir das cinzas como uma fênix, transformada numa linda e maravilhosa Michelle Pfeiffer."

Para mim, Bridget Jones representa a mãe, a primeirona, aquela que deu o empurrão para que todas as outras mocinhas dos famosos chick lits surgissem e fossem amadas. Sim, eu sei que existe Sophie Kinsella (Os Delírios de Consumo de Becky Bloom), Meg Cabot e Marian Keyes (Melancia) e tantas outras que estão no mercado editorial a tanto tempo quanto a Helen Fielding, que criou uma personagem tão marcante que é sempre lembrada quando se trata desse gênero e não poderia ser por menos.

"Ela garante que, à medida que as mulheres vão passando dos 20 para os 30 anos, o equilíbrio de poder muda de repente. Até as mulheres mais seguras perdem as estribeiras, lutando contra os primeiros sinais de angústia existencial: medo de morrer sozinha e ser encontrada três semanas depois semi-devorada por um pastor alemão. Idéias estereotipadas a respeito de solteironas, abismos e migalhas sexuais conspiram para fazer com que você se sinta idiota, mesmo que passe um bom tempo pensando nas atrizes Joanna Lumley e Susan Sarandon."

Bridget já passou dos trinta anos, tem um emprego que não gosta, colegas de trabalho que não suporta, uma paixão secreta pelo chefe paquerador, sabe de cabeça a caloria de cada alimento que existe, decide que vai parar de fumar toda hora (e nunca para) e não fica sem um pouco de vinho. Tem amigos casados que se vangloriam da vida de casado e amigos solteiros que amam a vida de solteiro. Tem aquela amiga que namora o cara errado e uma mãe (e uma vizinha da mãe) que não perde a chance de falar que o tempo biológico dela está passando e que já é hora de casar e ter filhos. E como ficamos sabendo disso tudo? Através do seu diário.

56,7 kg (se ao menos eu conseguisse me manter abaixo de 57 quilos, em vez de ficar subindo e descendo como um corpo boiando no mar - um mar de gordura), 2 unidades alcoólicas, 17 cigarros (tensão pré-sexo, perdoável), 775 calorias (última tentativa desesperada de chegar a 48,3 kg até amanhã).

Exatamente! O livro faz jus ao nome e é exatamente isso, um diário onde a Bridget conta em primeira pessoa o que aconteceu naquele dia, dependendo do que está rolando até mesmo com atualizações de horas! E se esse fato te deu uma assustada, afinal, poderia ser meio maçante ler um livro que vai contando o dia (às vezes até mesmos dias seguidos) da vida da Bridget, é aí que você se engana. A escrita da Helen é que faz toda a diferença e a sua forma de narrar e criar situações cada vez mais absurdas para a atrapalhada Bridget, justifica o porque esse livro, escrito em 1996, se mantêm ainda hoje atual, mesmo falando de VHS!

Às vezes acho que minha mãe faz parte do mundo moderno; às vezes, que vive num outro planeta. Como quando deixa recado na minha secretária eletrônica dizendo apenas, alto e bom som: "Aqui é a mãe de Bridget Jones."

Vamos abrir um salve para o personagem Mark Darcy! Um sonho… mas vou me reservar a falar mais dele quando voltar aqui no blog para contar sobre Os Diários de Bridget Jones: No Limite da Razão! E se você já leu ou viu o filme, sabe que eu estou falando daquele personagem que eu tenho certeza, vai estragar alguns mocinhos literários por aí!

Ai, Deus, o que tenho de errado? Por que nada funciona comigo?

Ler O Diário de Bridget Jones é meio que obrigatório para todo mundo que se diz fã de romance e chick lit. O livro tem 21 anos (a minha cópia é da versão relançada pela Paralela, ano passado, em comemoração aos 20 anos de lançamento original) e mesmo tendo muita coisa mudado no mundo, continua atual. Os problemas e inseguranças da Bridget continuam rodando a cabeça de muitas mulheres e a escrita rápida e irônica é o ponto final que responde porque essa leitura é imperdível. Todo gênero literário tem seu clássico, eis com vocês um clássico do Chick Lit



Nome: O Diário de Bridget Jones
Série: Bridget Jones # 01
Autora: Helen Fielding 
ISBN-13: 9788584390380
ISBN-10: 8584390383
Ano: 2016 
Páginas: 288
Compre aqui: Saraiva
Classificação:

Sobre a autora:

Nasceu em Yorkshire, Inglaterra. Trabalhou muitos anos em Londres enquanto jornalista de imprensa escrita e televisiva, viajando para África, Índia e América Central. Escreveu três romances: "Cause Celeb" (1994), "O Diário de Bridget Jones" e "O Novo Diário de Bridget Jones". Actualmente é argumentista, trabalha a tempo inteiro nos seus romances e vive em Londres e Los Angeles.

Comentários

  1. Oi Talita, eu ainda não li ou vi esse clássico e vou mudar isso, começando pelo filme rsr. Já tinha sim ouvido falar de Bridget e pra falar a verdade nem sei bem porque tenho ignorado ela durante esses anos, mas curti tua resenha e acho que devo ao menos ver o filme e como vi que Bridget é uma personagem que é fácil de se identificar tenho certeza que vou terminar de ver a versão cinematográfica com vontade de ler os livros ;)

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    1. Oi Lili,
      deixa eu confessar que eu só conhecia os filmes! Fui saber dos livros através da parceria, quando os filmes eram reprisados eu era mais nova e via na T.v. aberta que nunca fala de onde vem o filme... Mas sim, a Bridget é muito como nós, exagerada as vezes, mas sempre tem um traço que a gente pensa "nossa eu fiz isso!"
      Bjs

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  2. Não imaginava que esse livro e especial fosse um clássico, até porque só fui realmente conhecer essa obra no ano passando quando houve a republicação. Enfim, mesmo sendo antigo, ainda continua abordando temas atuais, e diálogos divertidos e irônico. Todo esse conjunto me interessou e muito, e por isso nesse momento irei incluir esse livro na minha lista de desejados, além do mais sou super fan do gênero.

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    1. Oi Lana, eu chamei de clássico porque ele deu um grande impulso no gênero, talvez até definiu como seriam os livros seguintes, com muito humor, muitas mulheres mais reais, com problemas comuns e aquele homem dos sonhos que a gente sabe que não existe, mas não deixa de sonhar.
      bjs

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  3. Oi Talita.
    Eu já tinha ouvido falar dessa série mas eu nunca imaginei que esse fosse um livro clássico e apesar de ter adorado a premissa personagem que me conquistou desde os primeiros detalhes que escreveu não acho que seja um vivo para mim não curto muito essa cenário de de diário de mulher que não sabe o que fazer da sua vida a coisa toda da Atração pelo chefe dela também não me convenceu não que é uma pena realmente.
    Bjs.

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    1. Oi Marlene,
      olha quando eu peguei não imaginei que seria realmente um diário, apesar do nome, juraria que seria um livro como todos os outros, narrado pela personagem, não um livro escrito pela personagem e apesar de ser novidade, eu acabei gostando, acabou que a Bridget ficou muito mais real e próxima de mim do que se fosse um narradora simples, talvez vale a tentativa.
      bjs

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  4. Quando essas novas edições dos livros saíram eu fiquei bem interessada em ler, mesmo que o estilo não seja exatamente um que costumo pegar. Mas lembro de ver filmes na infância e a personagem tem um tom de nostalgia pra mim, de relembrar do passado e de quando assistia ^^
    Achei interessante o jeito dele, essa coisa do diário e de ficar contando o dia dela nesse estilo. É um tantinho diferente mas parece que a escrita da autora não deixa ficar chato. E o mais legal é que mesmo sendo um tanto velhinho ele permaneça atual.
    Acho que iria amar ler =)

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    1. Oi Cristiane
      É bem nesse clima mesmo! Só vou dizer para você ler! Pode confiar, é uma escrita bem divertida!
      Bjs

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  5. Olá Tali!!!
    Ameii a resenha!!! E acredite, não li nada dessa autora ainda, mas pode apostar, q se o filme passou na sessão da tarde, sim e com certeza assisti, mas minha memória "vintage", não se recorda no momento kkkkkkkkkk
    Esses livros/ "Diários", já estavam na minha imensa lista, agora estou mais curiosa ainda...e como já passei dos 30 (abafa), quem sabe já serve de dica tb ;-) kkkkkkkkk #preciso
    Bjs :-*

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    1. Oi Van!
      Menina pode botar na lista sem medo! Leve, divertido e envolvente! Leitura das boas!
      Bjs

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  6. Oi oi Talita ;)
    Amo demais a Bridget Jones!
    Nunca li o livro mas os filmes são um dos meus favoritos!
    A Bridget parece mesmo que foi a "mãe" das personagens dos chick lits!
    Tenho que ler o livro urgente! E me apaixonar de novo pelo Mark *-*
    Bjos

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    1. Oi Isabela,
      menina eu vi os filmes, claro, mas tem tanto tempo que não lembrava mais ai quando comecei a ler fui lembrando os momentos e acabei decidindo fazer uma seção quando sair o terceiro no Google Filmes! Leia eles logo!
      Bjs

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  7. Oi!
    Sempre vejo as pessoas falarem sobre o livro Bridget Jones, mas até hoje ainda não li nenhum livro da serie e nem assistir ao filme, mas gostei muito da resenha, me ajudou a compreender melhor porque todas as pessoas falam tanto de Bridget Jones, não imaginava que esse livro tinha tanto tempo, com certeza um dos primeiros chick lits, irei colocar essa serie na minha lista de leitura e quero muito assistir ao filme !!

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  8. Eu adoro essa história, já vi os filmes, são uns dos meus favoritos e li o livro, não consigo me cansar da Bridget!!

    Beijos.
    Camila (Um livro, por favor?)

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